30 de julho de 2009

Só consciência não basta

Pesquisa realizada por estudantes universitários apresenta a grande distância que ainda separa a intenção da ação quando o assunto é consumo consciente.

Confiram meu post no site do Banco Real sobre fatores que nos mobilizam para a ação.

Aguardo seus comentários!

Abraços,
Andy

28 de julho de 2009

Jogos que estimulam a nossa consciência II

Food Force

Um jogo gratuito e divertido criado pela ONU em prol da conscientização dos jovens sobre a fome mundial.

Fonte: Baixeaki

Uma crise de proporções monstruosas se desenvolveu numa ilha do Oceano Índico, a ilha de Sheylan. Nós estamos mandando um novo time participante do World Food Programme (WFP), um programa contra a fome criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para ajudar a alimentar milhões de pessoas que passam fome em todo o planeta.

Um avião sobrevoa a zona da crise. Há guerra, sede e as pessoas passam fome. A aeronave sobe um pouco antes de lançar seu primeiro estoque de comida. Um caminhão luta encalhado na lama, a estrada é traiçoeira e os rebeldes se revoltam. A população está ansiosa, apenas esperando numa calamidade com a escassez da comida. Este é o cenário fictício de Food Force.

Este game não é um filme de ação, mas o primeiro jogo humanitário sobre o problema da fome mundial, lançado oficialmente pela ONU em prol da conscientização e da busca de auxílio contra uma das maiores aflições do mundo contemporâneo.

O grande objetivo é comunicar-se com os jovens e crianças. E nos dias de hoje isso significa o uso de tecnologias de ponta. As crianças de países desenvolvidos não sabem o que é ir para cama sob o jugo da fome. Esse foi um dos motivos pelos quais este jogo foi desenvolvido de forma dinâmica e educativa, gerando o interesse e explicando sobre a fome, matanças e chacinas, AIDS, malária, tuberculose e pessoas menos favorecidas economicamente.

Encontre pessoas famintas.

Durante o jogo existem seis missões diferentes com o time de emergência de voluntários da Food Force. O jogador se depara com um número de desafios realistas com o objetivo de alimentar milhares de pessoas famintas numa ilha fictícia. Você deve pilotar helicópteros em missões de reconhecimento, negociar com rebeldes armados num comboio e usar os suprimentos para auxiliar na reconstrução das vilas.

O formato de jogo de computador é uma tecnologia didática muito mais eficiente, atraindo a atenção dos jovens com vídeos e imagens em 3 dimensões. A ONU também espera a contribuição dos usuários com novas idéias para a erradicação de problemas, angariação de fundos e envolvimento da comunidade.

Situada em Roma, na Itália, a World Food Programme é a maior agência humanitária do planeta. Ele está ativa nas linhas de frente em mais de 80 países para ajudar a alimentar cerca de 90 milhões de pessoas por ano. Através de planos emergenciais, a WFP alivia a fome providenciando refeições para o maior número de pessoas possível.

Voltando ao game, Food Force abre-se com uma seqüência de vídeo de arrepiar aonde o jogador é surpreendido por uma crise. O time da WFP aparece como personagens animados que guiam o jogador.

Entregar suprimentos de comida envolve uma série de tarefas complexas. Antes de cada missão, o jogador é presenteado com um segmento de vídeo educativo que pretende revelar um pouco da realidade, ilustrando o campo de trabalho e permitindo a compreensão de como a WFP responde às emergências na vida real.

De onde a comida se origina, os valores nutricionais apropriados e como isso é feito são respostas apresentadas no game. A partir daí, o jogador estará apto a participar de um desafio. Cada desafio reflete um elemento chave do processo de entrega de comida - da resposta emergencial até a estocagem de comida com segurança para a comunidade.

As Missões

Monitoramento Aéreo: Um jogo clássico de "encontrar", envolvendo a pilotagem de um helicóptero na contagem de pessoas famintas numa luta contra o relógio.

Pacotes de Energia: Uma combinação de jogo de adivinhar e quebra-cabeça para criar uma dieta balanceada com fundos limitados.

Entrega de Comida: Entregue comida de um avião cargueiro numa zona em crise - com a jogabilidade de um jogo clássico de golfe.

Localizar e Despachar: Resolva quebra-cabeças da logística da comida correndo contra o relógio.

A Corrida da Comida: Uma série de mini desafios de carros no estilo comboio indo para um campo de alimentação.

Agricultura do Futuro: "Sim City" em Sheylan - use a comida para ajudar a ilha a andar com suas próprias pernas novamente.

No fim de cada missão, os personagens apresentam um feedback da performance do jogador e encorajam a repetição, se necessário. Quando o jogador completa todas as seis missões, o game termina e a pontuação é enviada para um ranking internacional. E agora, quem disse que os jogos educativos não podem ser divertidos?

BAIXE FOOD FORCE

Quando o poder público impossibilita a ação consciente


Escrevi um post para o blog do Banco Real hoje que fala sobre outros fatores, além da própria consciência, que mobilizam pessoas conscientes para a ação. Destaquei a importância da coragem e da disciplina. Texto interessante como motivador de mudança de atitude.


Como aqui neste blog não preciso ter o compromisso de destacar apenas os aspectos positivos da história, fiquei tentada, depois da ' ideia genial' da prefeitura de São Paulo de intervir na questão dos ônibus fretados, de falar um pouco sobre o que nos imobiliza, ou seja, impede a nossa consciência de ser praticada.


Esta questão dos fretados é um bom exemplo. Sabemos que os sistemas se auto-organizam. Pessoas conscientes da importância de deixar os carros em casa se auto-organizaram utilizando os fretados como alternativa. Agora, com a restrição ao sistema, a vida se tornou um caos para todos. Usuário do metrô foram prejudicados pelo aumento do volume de passageiros. Usuários dos fretados, pelos trajetos 'non sense' que foram obrigados a adotar. Moradores das estações próximas aos 'bolsões' foram prejudicados pelo barulho e pelo trânsito na frente de suas casas. Parece que esta medida só criou insatisfação! Quem serão os beneficiados? Para mim, só tem uma explicação. Pessoas de alta classe, que andam nos seus carros com ar condicionado e motorista particular, que agora farão seu trajeto 'Jardins - Berrini' ou 'Moema - Paraíso' uns 15 minutos mais rápido. Mais uma vez, são os mais privilegiados que acabam sendo privilegiados pelas medidas do poder público.


Ao invés de incentivar o uso do transporte coletivo (cada fretado tira 20 carros das ruas), nosso prefeito está, na verdade, incentivando o uso de sua majestade, o carro particular. E eu, que por consciência, coragem e disciplina, já tinha excluído o carro das opções de transporte ao trabalho, depois de dois dias de muito stress, começo a pensar na possibilidade de voltar a usá-lo.


Satisfeito, Prefeito?

21 de julho de 2009

A Terceira Inteligência

Todos os dias somos cercados por notícias sobre violência, drogas, corrupção, crise. Seja pela mídia, amigos, vizinhos ou parentes, sempre recebemos, em algum momento, informações que revelam o quanto têm aumentado os índices de pobreza e de insegurança, que nos desanimam e pouco a pouco constroem uma barreira de desconfiança entre as pessoas. Mas será o ser humano assim tão maléfico? De que forma a nossa inteligência responde a tudo isso?

Em meio a essa descrença pela boa vontade humana, precisamos olhar um pouco para o lado e procurar ver o que muita gente anda fazendo de bom na comunidade onde vive. São com exemplos de superação e de construção que podemos renovar nosso ânimo e enxergar que nossos problemas, na maioria das vezes, não são nada perto do vivido por outros. E esses exemplos não estão distantes.

Não fazem somente parte da história de grandes países. São pequenas ações como a de jovens de uma escola pública da Capital que resolveram dizer não ao bullying; gaúchos comuns do interior do Estado que se uniram para tirar o lixo do rio e se depararam com toneladas de entulhos recolhidos; crianças que se vestem de palhaço para fazer nascer sorrisos em outras crianças internadas em um hospital; jovens que conseguiram se livrar das drogas graças ao trabalho de pessoas que fizeram mais do que seu cargo burocrático determinava.

Todas essas iniciativas são comandadas por nossas três inteligências: a primeira, a intelectual, é o famoso QI (quociente de inteligência), que nos permite elaborar os projetos para solucionar problemas objetivos. A segunda, a emocional, é a faísca que nos impulsiona quando vemos uma situação de injustiça e nos dá combustível para trabalhar na melhoria de uma região ou de nossa comunidade. É a nossa emoção, compaixão, revolta.

Mas existe também uma terceira inteligência, chamada inteligência espiritual. E é essa capacidade que intuitivamente norteia todas as nossas ações. Sua base empírica reside na biologia dos neurônios, pesquisada nas últimas décadas por neurólogos, neuropsicólogos, neurolinguistas e técnicos em magnetoencefalografia (que estudam os campos elétricos do cérebro). A terceira inteligência representa uma vantagem evolutiva de nossa espécie homo e é por meio dela que percebemos os contextos maiores da nossa vida, as totalidades significativas e nos faz sentir inseridos no todo.

O nome espiritual nada tem a ver com práticas e conceitos religiosos e doutrinários. A espiritualidade pertence ao homem e não é monopólio das religiões. Essa inteligência se sobrepõe a interesses materiais e econômicos e se caracteriza pela generosidade, respeito ao próximo, ética. Ela nos faz transcender ao ego, como diz o médico Deepak Chopra – autor de mais de 25 obras sobre autoconhecimento traduzidas para 35 idiomas –, substituindo a pergunta O que vou ganhar com isso? por Como posso ajudar?

A solução para velhos e novos problemas reside na simplicidade. Quando somamos forças para resolver uma situação, na maioria das vezes acabamos construindo muitas coisas boas, que acabam servindo de exemplo para outras pessoas e, assim, em uma reação em cadeia, multiplica uma rede de solidariedade e de resultados. Dessa forma, talvez, possamos substituir aos poucos o substantivo medo pelo verbo esperançar.


Por Maria Elena Pereira Johannpeter, Presidente Executiva (Voluntária) da ONG Parceiros Voluntários. (Envolverde/Rede Gife)

20 de julho de 2009

Dupla dá curso de DJ em troca de árvores

Falar de neutralização de carbono está em alta, mas partir para uma ação concreta e tentar compensar a emissão de gás carbônico com o plantio de árvores não é assim tão comum entre as pessoas.

Pensando em como incetivar esse tipo de ação, a dupla DJ Kaveira (André Lobato) e DJ Saynha (codinome de Élida Braz), da cidade de Belém (PA), criou o projeto Caravana Carbono Neutro.

Trata-se de um curso de formação de DJs gratuito e itinerante, ministrado pela dupla, que apenas cobra do aluno, ao final do curso, o plantio de dez árvores para combater o aquecimento global.

O projeto faz parte de várias ações que Kaveira e Saynha desenvolvem através da ONG que mantém juntos, a Apaverde. A dupla também mantem uma reserva de mata Amazônica, a Floresta Encantada, na cidade de Benevides (PA).

A reserva tem quatro nascentes e 140 espécies de animais ameaçadas de extinção. São 300 mil metros quadrados preservados de mata Amazônica que, segundo eles, sequestram 500 toneladas de CO2 por mês. Saynha afirma que emite três toneladas de CO2 na atmosfera em 30 dias e, portanto, tem saldo positivo na sua cota pessoal de emissão de carbono. "Assim, me tornei a primeira DJ Carbono Neutro do Brasil".

3 de julho de 2009

O Ser Consciente sabe que a Terra é o seu HOME (lar)

O fotográfo francês Yann Arthus-Bertrand lançou recentemente o filme sobre meio ambiente chamado "Home", disponível gratuitamente no Youtube.

HomeO filme de 1h30 detalha a situação do planeta Terra e os desafios ambentais que enfrentamos como um sociedade de consumo.

Através de imagens de tirar o folêgo, Yann explica que nossa civilização precisa mudar sua forma de vive para salvar o nosso planeta.

O preço é alto, mas á tarde demais para pessimismo: a humanidade tem apenas 10 anos para reverter o processo.



Assista o filme e inspire-se para salvar a Terra (inglês com legendas em inglês).


Fazendas na cidade - Saude, cidadania e consciencia ecologica

Mais uma contribuição da nossa correspondente internacional, Melissa:

T
odas as consequencias que estamos agora notando sobre nosso modo de vida contemporaneo tem levado a muitas pessoas a pensarem e agirem de uma forma que reuna os antigos conhecimentos com as necessidades atuais de consumo de nossa sociedade. Considerando que estamos numa era na qual enfrentamos grandes desafios como Efeito Estufa, violencia e pobreza, epidemia de obesidade e doencas metabolicas, parece complicado pensar numa solucao para tantos problemas espalhados por todo o mundo.

Nao para Will Allen. Allen eh um fazendeiro urbano. Isso mesmo, producao agricola na cidade. O que parecem dois conceitos distantes, e ate contraditorios, transformou a comunidade onde ele vive, no Winsconsin. Tudo comecou, em 1993, com as criancas, num projeto de jardinagem que incluia jovens sem lugar para trabalhar. Allen tinha uma pequena propriedade e uma grande vontade de fazer a diferenca, entao desenvolveu tecnicas de cultivo e programas educacionais que foram alem das abordagens tradicionais, e juntou, literalmente, a fome com a vontade de comer.

A partir da necessidade dessa populacao de melhor qualidade de vida - mais empregabilidade, mais educacao,
mais saude - eh que a ONG Growing Power surgiu, na qual Allen eh o CEO e co-fundador. Com o objetivo de transformar o cultivo, a producao, e a distribuicao de alimentos saudaveis para a mal-servida populacao da cidade, o esforco de Allen e da Growing Power eh no reconhecimento de que a populacao de baixa renda das cidades tem acesso limitado a frutas e vegetais frescos e seguros de se consumir, o que estah diretamente ligado a dieta pobre em nutrientes e, consequentemente a doencas cardiovasculares, obesidade e diabetes.
Como melhorar essa situacao, considerando que uma abordagem "de volta ao campo" nao iria funcionar? E entao, como proporcionar alimentos frescos, organicos, e de baixissimo impacto ambiental? E ainda com baixo preco final para o consumidor?

O modelo holistico de cultivo de Allen incorpora uma sintese de varias tecnologias de cultivo de baixo custo - estufas, uso vertical do espaco, aquicultura, vermicultura, compostagem - com uma rede de distribuicao urbana, que fornece produtos o ano todo. Os pontos a se destacar nesse tipo de abordagem passam desde a otimizacao da producao organica de vegetais e animais acessivel a todos, ate um menor custo e menor rastro de carbono na distribuicao, por se localizar ao lado do consumidor final.

Por meio de parcerias com organizacoes locais, as atividades da ONG se expandiu, nesta ultima decada, e passam tambem por treinamentos de jovens e adultos, que sao incentivados a produzir comida saudavel para sua comunidade e a estabelecer novas fazendas urbanas.Will Allen continua seu trabalho como educador, fazendo palestras nos EUA e pelo mundo para inspirar fazendeiros urbanos.

Saiba mais sobre a Growing Power
Growing Power eh uma organizacao nao governamental que ajuda a fornecer acesso igualitario a alimentos saudaveis, de alta qualidade, seguros e baratos, de forma sustentavel. Hoje, seu compromisso se estende nacional e internacionalmente na promocao de sistemas sustentaveis de producao de alimentos. Seus treinamentos incluem informacoes sobre processamento anaerobico de sobras de alimentos, biofitocorrecao e saude do solo, aquicultura em sistemas de looping fechado, vermicultura (minhocas), compostagem em pequena e grande escalas, agricultura urbana, engajamento comunitario, desenvolvimento de lideranca participativa, e planejamento de projetos.