Em outubro, eles criaram uma campanha pelo site Twitter, em que pediam aos seus leitores que, neste Natal, doassem exemplares para comunidades pobres.
O que começou com apenas 140 caracteres (espaço permitido para cada mensagem) foi parar em uma das maiores livrarias do país. A livraria Cultura colocou em todos os livros vendidos em São Paulo, Campinas e Porto Alegre um cartão-postal, pedindo que os compradores participassem da campanha.
A ideia começou com Heber, que, de forma despretensiosa, sugeriu em seu Twitter o presente a seus leitores. Laura, professora de Química em Minas Gerais, leu e gostou da ideia. Procurou, então, o apoio do Ministério da Educação e do Conselho de Secretários Estaduais de Educação. Ganhou pontos de doação em todos os estados.
Goldfarb, curador há 19 anos do Prêmio Jabuti e professor da PUC-SP, seguiu na mesma direção. Com experiência em campanhas de arrecadação de livros, foi atrás de empresas que quisessem participar da iniciativa.
Desde que deixou o mundo virtual, a campanha "Doe um livro no Natal"" já arrecadou 78 mil livros de literatura - didáticos não são aceitos.
A meta do grupo é chegar aos 100 mil livros até o dia 23. Depois, a campanha continuará apenas nas unidades da Droga Raia, até 20 de janeiro.
Os livros recebidos serão entregues a bibliotecas públicas, dentro e fora das escolas. Os organizadores esperam presentear entre 300 e 500 salas de leitura, que podem atingir até 500 mil jovens. "Queremos encher as bibliotecas de literatura para que os jovens adquiram o hábito da leitura por prazer"", diz Goldfarb.
Fonte: Gazeta do Povo - PR 21/12
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