29 de janeiro de 2010

Do consumo excessivo à sustentabilidade



Relatório do Worldwatch Institute afirma que sociedades consumistas precisam passar por uma transformação cultural
Por Fátima Cardoso, do Instituto Akatu

“Os seres humanos estão imersos em sistemas culturais, são moldados e restringidos por suas culturas, e em sua maioria agem somente dentro da realidade cultural das suas vidas. As normas, símbolos, valores e tradições culturais com que uma pessoa cresce se tornam ‘naturais’. Assim, pedir para as pessoas que vivem em culturas de consumo para reduzir seu consumo é equivalente a pedir que elas parem de respirar – podem fazer isso por um momento, mas depois, sufocantes, vão inspirar novamente”.

Esse é um trecho do primeiro capítulo do relatório State of the World 2010 – Transforming Cultures: From Consumerism to Sustainability (Estado do Mundo 2010 – Transformando Culturas: do consumismo à sustentabilidade), lançado pelo Worldwatch Institute, uma organização de pesquisa americana dedicada a temas do desenvolvimento sustentável. No relatório, o consumismo é definido como “uma orientação cultural que leva as pessoas a encontrar sentido, felicidade e aceitação por aquilo que consomem”. Em outras palavras, é muito difícil que as pessoas mudem seu comportamento em relação ao consumo, mas isso é absolutamente necessário. Na opinião de Erik Assadourian, diretor do projeto e autor do primeiro capítulo, “para prosperar no futuro, as sociedades humanas terão de mudar suas culturas para que a sustentabilidade se transforme na norma e o consumo excessivo, em tabu”.

Segundo dados do relatório, em 2006 as pessoas no mundo todo consumiram US$ 30,5 trilhões em bens e serviços, 28% a mais do que dez anos antes. Além das despesas com itens básicos, como comida e moradia, as pessoas gastam mais em bens de consumo conforme aumenta a renda. Somente em 2008, foram vendidos no mundo 68 milhões de veículos, 85 milhões de refrigeradores, 297 milhões de computadores e 1,2 bilhão de telefones celulares.

Para produzir tantos bens, é preciso usar cada vez mais recursos naturais. Entre 1950 e 2005, a produção de metais cresceu seis vezes, o consumo de petróleo subiu oito vezes e o de gás natural, 14 vezes. Atualmente, um europeu consome em média 43 quilos em recursos naturais diariamente – enquanto um americano consome 88 quilos, mais do que o próprio peso da maior parte da população.

Além de excessivo, o consumo é desigual. Em 2006, os 65 países com maior renda, em que o consumismo é dominante, foram responsáveis por 78% dos gastos mundiais em bens e serviços, mas contam com apenas 16% da população mundial. Somente os americanos, com 5% da população mundial, ficaram com uma fatia de 32% do consumo global. Se todos vivessem como os americanos, o planeta só comportaria uma população de 1,4 bilhão de pessoas. A pior notícia é quem nem mesmo um padrão de consumo médio, equivalente ao de países como Tailândia ou Jordânia, seria suficiente para atender igualmente os atuais 6,8 bilhões de habitantes do planeta.

Tamanha voracidade sobre os recursos naturais do planeta são evidentemente insustentáveis. “Os padrões culturais são a causa de uma convergência sem precedentes de problemas econômicos e sociais, incluindo a mudança do clima, uma epidemia de obesidade, um enorme declínio na biodiversidade, perda de terras agricultáveis e produção de resíduos tóxicos”, afirma Erik Assadourian. A conclusão do relatório não deixa dúvidas: sem uma mudança cultural que valorize a sustentabilidade e não o consumismo, não haverá esforços governamentais ou avanços tecnológicos capazes de salvar a humanidade dos riscos ambientais e de mudanças climáticas.

O State of the World 2010 pode ser comprado no site da organização. Alguns capítulos, como o primeiro, estão disponíveis gratuitamente para download.

Fonte: Akatu

28 de janeiro de 2010

Ser consciente não tem idade

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Em sua bicicleta, o menino conseguiu arrecadar quase meio milhão de reais / Foto: Divulgação- Richard Lewis

Em meio a mobilizações de doações e inúmeras discussões de líderes mundiais na tentativa de ajudar o Haiti, país abalado recentemente por um terremoto, o garoto Charlie Simpson, de sete anos de idade, mostrou que solidariedade não tem idade, lugar e nem precisa de grandes esforços para florescer.

Uma bicicleta, um objetivo e muito espírito de ajudar foi tudo que o garoto precisou para mostrou para a população mundial que não é preciso fazer muito, mas é preciso fazer algo.

Pedalando pela solidariedade

Em um ato de solidariedade incomum, Charlie, de 7 anos de idade, montou em sua bicicleta e simplesmente partiu para a arrecadação de dinheiro entre vizinhos, parentes e amigos. Com uma meta de angariar 500 libras, pouco mais de mil reais, o pequeno voluntário conseguiu mais ajuda do que imaginava, movimentou uma doação de quase meio milhão de reais, e atingiu o valor de R$450 mil.

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Depois da ajuda, Charlie pensa em continuar contribuindo

O grande coração do menino motivou a participação de pessoas de diferentes partes do mundo, e com a ajuda da sua mãe, que criou um site para mostrar a iniciativa, comoveu voluntários de Hong Kong à Nova Zelândia.

“É muito triste ver estas imagens na televisão”, disse Charlie ao ser indagado quanto ao que motivou a sua ação, que irá destinar toda a arrecadação para o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), responsável pelo apoio aos pequenos sobreviventes do desastre natural.

Semente do bem

Para a mãe do garoto, Leonora Simpson, “o que começou como uma pequena volta no parque com seu pai se transformou em algo muito maior do que isso”.

"Ele fez muito bem. Ele se esforçou e conseguiu levantar uma quantidade fenomenal de dinheiro. Ele realmente acreditava nisso e pensei que algo tinha de ser feito. Foi muito bom vê-lo tão motivado. Estou extremamente orgulhosa do nosso Charlie", disse Leonora.

Apesar de orgulhar não só os pais, como também honrar outros cidadãos de bem, a sensibilidade do menino vai além da comoção pelas imagens desastrosas na televisão e espera fazer uma real diferença na vida de todo o planeta.

“Agora eu só preciso decidir o meu próximo plano para fazer do mundo um melhor lugar”, disse Charlie.

Fonte:EcoD

27 de janeiro de 2010

O ser consciente resgata "sua garota" interior

Eve Ensler, famosa pelos Monólogos da Vagina, fez uma apresentação muito inspiradora para o TED. Recomendo a todos!!

Eve Ensler: Embrace your inner girl | Video on TED.com

21 de janeiro de 2010

What prevents businesses to change towards sustainability?

In theory it is all crystal clear. Dozens of frameworks, models and guidelines (The Natural Step, Life Cycle Assessment, Total Quality Management, GRI- to name just a few) are ready to be used to lead businesses towards a more sustainable future. In practice, however, only large companies bother to acknowledge their responsibility towards the wider ecological systems and social justice (as they are being watched closely and couldn't afford brand damage).

Concerning small and medium-sized enterprises (SME), little seems to change. And SME - all enterprises with less than 250 employees and an annual turnover not exceeding 50 Million Euros - represent 99 % of all businesses in the European Union (acording to the European Commission). If they don't change, nothing does, really. But what factors hinder SME to undergo the necessary change towards more attention to sustainability? And how can they overcome such barriers?

SME and sustainability: different perspectives

To start with, people look at SME and sustainability from different perspectives. Large, corporate customers see SME as a danger to their own reputation, if the small supplier has a poor social and environmental performance. SME themselves feel like victims, as they hardly have the resources to meet those sustainability and CR expectations - while competing for the lowest price at the same time. Sustainability sceptics simply advice SME not to care about corporate responsibility (CR), as the distribution of rights on a global stage is nothing SME could influence. Yet others emphazise that SME are important for delivering corporate responsibility, as they account for the bulk of jobs created and taxes paid, and they have a unique relationship with local communities.

All those perspectives are valid in some way, although only the last one hits the nail on the head but is still somewhat underrepresented. Hardly surprising, thus, that many companies won't go much further than making superficial adjustments to their business practices, such as recycling, without really adopting a systems view that would allow them to identify the real factors and issues that cry for attention.

Factors preventing business change towards sustainabiltiy - and how to overcome them

Some of the most prevalent factors impeding change to happen are (1) uncertainty about regulation and consumer behaviour, (2) corporate governance (i.e. variables related to ownership and management), (3) resistance and (4) lack of knowledge. So what can be done?

1. SME should actively interact with suppliers and consumers through sharing information and knowledge as this will provide new ideas, processes, technology, etc. which can raise productivity, effectiveness. Internet technology can help to bridge gaps of time and space. External expert advice and close monitoring of industry magazines will reduce uncertainty about regulation and legal obligations.

2. SME need to invest sufficient time and resources in searching for solutions outside their corporate environment. Ideally, companies would look for an experienced external adviser, whose expertise and confidentiality they trust, thus overcoming the fear to disclose their "problems of unsustainability" to an unknown audience. Especially very traditional (often family owned) enterprises will find it difficult to change from within, as it is in the nature of tradition to ensure persistence.

3. To overcome resistance, SME need to focus on reflection and inquiry skills, enabling their employees to talk openly about complex, conflictive issues without invoking defensiveness. This could be achieved e.g. through an informal possibility to post comments and make suggestions, such as installing a letterbox in the canteen. Employees should also be integrated in the process of goal definition, asking them where they would like to see their company – and themselves - in five years time and then use backcasting as a means to identify concrete steps each of them need to do to achieve this goal.

Addressing resistance is crucial because all too often, differences in status, position, and interest among the members of a social system result not in constructive complementarity and effective cooperation but in persistent and obstructive stalemates - impasses with which all concerned are unhappy, but which they are unable to change. Resistance does not only occur when new threats appear to the status quo, but can also emerge when people become overpowered by feelings of ambiguity or loss of control. When people feel they have no say in what is to be accomplished or how the organisation will achieve its goals, they may feel disenfranchised and attempt to sabotage the effort.

4. Lack of knowledge really shouldn't be a factor any more, but it is. SME are still trapped in their small-every-day-routine-world. Changing this requires skills of ‘systems thinking’: to see and deal with interdependencies and deeper causes of problems. SME need to learn to change through becoming a learning organisation.

In fact, the pursuit of new knowledge and innovation is the essence of organisations, which in turn requires an environment that is supportive and nurturing. Providing employees with new information and encouraging them to take responsibility for their own learning creates opportunities for the generation of ideas.

It is a complex world we live in, and nobody can be expected to understand the whole picture. However, businesses - SME in particular, as they are somewhat behind in this - really need to "think out of the box" and make change to more attention towards sustainability happen.

Fonte: Florian


Cyberativismo

Pressione o governo japonês a acabar com a caça às baleias na Antártica

O Greenpeace colocou o pé na estrada nesse verão com o projeto "De praia em praia". Nossa equipe está percorrendo os litorais fluminense e paulista para informar os turistas e população costeira sobre a importância da proteção dos oceanos para a qualidade de vida e equilíbrio do clima do planeta para a nossa e as futuras gerações.

Cuidar dos oceanos exige enfrentar a caça de baleias no Oceano Sul. Ela é levada a cabo principalmente pelos japoneses, sob o pretexto de realizar pesquisa científica subsidiada pelo seu governo.

Pela primeira vez em mais de 50 anos, o Japão tem um novo governo. Com novos governos vêm novos objetivos políticos. Isso significa que nunca houve melhor momento para pressionarmos o Japão por uma mudança de política relativa à atividade baleeira.

Ajude-nos a tornar 2010 o último ano de caça às baleias no Oceano Antártico.

Clique aqui e crie sua baleia virtual que navegará pela internet levando sua mensagem de protesto ao governo japonês.

Amplie essa onda de pressão internacional pelo fim da caça às baleias e divulgue essa cyberação aos seus amigos:


20 de janeiro de 2010

Luto por um ser consciente: Zilda Arns


Até sua morte, no terremoto do Haiti, Zilda Arns era pouco conhecida da maioria dos economistas, investidores e empresários comprometidos com o crescimento tradicional do PIB. A médica sanitarista, no entanto, deveria figurar nos anais das boas escolas de administração do mundo inteiro, como criadora de uma metodologia de trabalho revolucionária e altamente eficiente. A Pastoral da Criança, que ela ajudou a criar em 1983 como desafio proposto pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) à Igreja Católica, exibe indicadores invejáveis, seja qual for o ângulo adotado para analisar o desempenho da entidade.

O mais admirável é o custo mensal por cada uma das cerca de 2 milhões de crianças atendidas: menos de US$ 1,00. Os recursos de pouco mais de R$ 35 milhões utilizados no exercício de 2008 representaram um custo mensal de R$ 1,69 por criança, decomposto em vários investimentos, como capacitação de voluntários (R$ 0,18 por criança/mês), apoio geração de renda (R$ 0,06) e educação de jovens e adultos (R$ 0,05).

Presente em 42 mil comunidades pobres e em 7.000 paróquias de todas as Dioceses do Brasil, a Pastoral se move num trabalho de formiga, que envolve 260 mil voluntários (92% deles mulheres). Imbuídos do espírito missionário, eles dedicam, em média, 24 horas por mês ao trabalho de orientar mães e famílias para que cuidem bem de suas crianças. O objetivo primordial da entidade, organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é “reduzir as causas da desnutrição e da mortalidade infantil e promover o desenvolvimento integral das crianças, desde a concepção até os 6 anos de idade”. Como pediatra e sanitarista, Zilda Arns acreditava que “a primeira infância é uma fase decisiva para a saúde, a educação, a fixação de valores culturais e o cultivo da fé e da cidadania, com profundas repercussões ao longo da vida”.

O atendimento a cerca de 1,5 milhão de famílias em mais de 3.500 cidades brasileiras trouxe um novo sentido de dignidade e cidadania aos excluídos da nação. Fez também despencar os índices de desnutrição e de mortalidade infantil a patamares ainda hoje perseguidos pela ONU. Em 1983, a Pastoral encontrou 50% de crianças desnutridas – hoje elas são 3,1% das atendidas. A mortalidade infantil despencou de 127 para 13 por mil nascidos vivos. Que outra empresa, ONG ou entidade governamental pode se dar ao luxo de ostentar desempenho tão robusto?
Graças à coordenação e ao empenho de Zilda Arns e à sua rede de voluntários, o Brasil poderá dizer que fez parte da lição de casa proposta pela Declaração do Milênio, aprovada pelas Nações Unidas em setembro de 2000. Das oito metas a serem atingidas até 2015, pelo menos duas – “erradicar a extrema pobreza e a fome” e “reduzir em 50% a mortalidade infantil” – sem dúvida alguma devem muito à Pastoral da Criança. Que desde 2008 exporta sua tecnologia social para outros continentes. Angola, Moçambique, Guiné-Bissau; Timor Leste, Filipinas, Paraguai, Peru, Bolívia, Venezuela, Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai, Equador e México. No Haiti, Zilda Arns estava justamente empenhada em divulgar a metodologia que criou e que tem caráter ecumênico. Numa entrevista, ela contava como voluntários muçulmanos se sentiam felizes por poder ajudar seus conterrâneos da Guiné-Bissau.

(...) Zilda Arns, uma mulher atenta às demandas dos mais pobres, fez pelo Brasil o que a maioria dos políticos e governantes juntos não fizeram nos últimos 30 anos. Sua obra permanecerá, porque se apoia em pilares sólidos, chamados amor, solidariedade, fé, compaixão, transparência.

Fonte:
Instituto Ethos

Emissões de CO2, taxas de nascimento e morte simuladas em tempo real

Passe o mouse por cima de cada país... o resultado é impressionante...

Além de indicar quantos nascem e morrem no mundo a cada instante, indica a população de cada país e as emissões de CO2, colocando o cursor em cima. É impressionante o movimento na China e na India.


Se verificarem bem, constatarão que a população da Europa não se consegue substituir. Em contrapartida, a África e a Ásia não param de aumentar.


Clicar no link abaixo:


http://www.breathingearth.net/

12 de janeiro de 2010

Diversão gera consciência

Demais esta iniciativa da Volkswagen - uma prova de que, pra gerar consciência e inspirar a mudança de comportamento, não precisa ser coisa de ecochato ou biodesagradável!!!

Assista agora The Fun Theory e HAVE FUN!!!

Beijos,
Andy

2 de janeiro de 2010

Feliz 2010!!!!