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28 de março de 2013

Kakenya Ntaiya: Uma menina que exigiu a escola


Kakenya-NtaiyaAos 13 anos, Kakenya fez um acordo com seu pai: Ela se submeteria ao tradicional rito de passagem Maassai, a circuncisão feminina, se ele a deixasse frequentar o ensino médio. 

Em mais uma inspiradora palestra do TED, Ntaiya conta sua corajosa história até chegar à faculdade, e seu trabalho junto aos anciões de sua vila, para construir uma escola para meninas na comunidade. É a jornada educacional de alguém que mudou o destino de 125 jovens mulheres. Nas palavras de Kakenya, 

"Agora, enquanto conversamos, 125 meninas jamais serão mutiladas. Cento e vinte cinco meninas não se casarão aos 12 anos. Cento e vinte cinco meninas estão criando e alcançando seus sonhos. É isto que estamos fazendo, dando oportunidades para que elas cresçam. Enquanto conversamos, mulheres não estão sendo espancadas devido as revoluções que começamos em nossa comunidade".

Assista ao vídeo legendado em Português:

18 de junho de 2010

O Ser Consciente doa sangue

Começou no dia 14, a Campanha Nacional de Doação de Sangue, com o objetivo de incentivar o aumento do número de doações de sangue realizadas no País. Segundo dados do Ministério da Saúde, são coletadas por ano 3,5 milhões de bolsas de sangue no Brasil, quando o ideal seriam 5,7 milhões. Esse diferença existe pois apenas 1,9% da população brasileira é doadora. Se cada pessoa doasse duas vezes ao ano, não faltaria sangue para transfusão no País. 

A campanha que vai até o próximo dia 30, tem como lema "Doe sangue, faça alguém nascer de novo". Além dos comerciais na TV, o Ministério da Sáude colocou no ar um hotsite com muitas informações interessantes sobre doação de sangue e depoimentos de pessoas cujas vidas foram salvas por este gesto de solidariedade.

Conheça alguns vídeos da campanha

Comercial de TV


Depoimento

7 de maio de 2010

#Doepalavras, projeto ajuda pacientes com câncer através de mensagens

"Muitas vezes o que nossos pacientes precisam é de escutar as palavras certas". É com essa filosofia que o hospital do Instituto Mário Pena está fazendo uma campanha nacional on-line em busca de palavras de conforto para seus pacientes com câncer.

As pessoas que sofrem de câncer frequentemente passam por momentos de angústia e desespero, uma mensagem de incentivo faz acreditar que a cura é possível, e a fé em si é o primeiro passo para a sobrevivência.

Para mandar a sua mensagem positiva de amor, esperança e força basta entrar no site da campanha ou usar os 140 caracteres do twitter, adicionando a tag #doepalavras na mensagem.

As frases serão recolhidas e expostas em TVs dentro do hospital, em áreas onde os pacientes mais precisam de incentivo, como a sala de quimioterapia. Além disso, as mensagens compiladas farão parte de um livro a ser distribuído para diversos hospitais.

Participe da campanha e doe amor e esperança para aqueles que só precisam de uma mensagem.

Fonte: EcoD

22 de abril de 2010

O Ser Consciente combate o racismo: em memória de Dorothy Height


Mais um Ser Consciente nos deixa: Dorothy Height, a voz feminina mais famosa do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, faleceu nesta terça (20/04), aos 98 anos. 

Assistente social, Dorothy começou sua carreira como defensora dos direitos civis e igualdade dos gêneros durante os anos 30, trabalhando para prevenir o linchamento, reformar o sistema de justiça criminal e garantir livre acesso dos negros aos locais públicos dos Estados Unidos. Adolescente, ela marchou na Times Square, em Nova York, gritando: "Parem com o linchamento". 

Nos anos 50 e 60, ela era a principal mulher ao lado de Martin Luther King Jr. e outros ativistas do movimento de direitos civis. Dorothy se tornou presidente do Conselho Nacional de Mulheres Negras em 1957 e ficou no cargo até 1997, quando tinha 85 anos. Ela permaneceu no conselho do grupo até hoje. "Eu espero não trabalhar tão duro para o resto da minha vida", disse. "Mas seja no conselho, seja em qualquer outro lugar, eu trabalharei pela igualdade, pela justiça, para eliminar o racismo, para construir uma vida melhor para nossas famílias e nossas crianças". 

Em 1994, o então presidente Bill Clinton deu a Dorothy a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior honra civil do país. Dez anos depois, em 2004, ela ganhou a Medalha de Ouro do Congresso. 

Dorothy será lembrada por sua incansável luta pelos direitos civis. Seu legado jamais será esquecido.


Adaptado de: Ícone da luta pelos direitos civis, Dorothy Height morre aos 98 anos - Folha Online

11 de abril de 2010

O Ser Consciente salva vidas

As imagens do salvamento dramático de uma família que caiu em um córrego no Paraná chamaram a atenção do Brasil em setembro de 2009. 

Como nunca é tarde demais para contar a história de um Ser Consciente, conheça a história dos três heróis que ajudaram os bombeiros a resgatar as vítimas.


Fonte: UOL

27 de março de 2010

Mais sobre o menino que domou o vento

Já falamos aqui no blog de William Kamkwamba, um jovem africano, que com dois livros de física elementar, um monte de lixo e a energia eólica, consegui gerar energa elétrica para abastecer lâmpadas e celulares em sua vila no interior da África.

Conheça mais sobre a inspiradora história deste ser consciente (o vídeo em legendas em poruguês) e leia seu blog.

22 de março de 2010

Para o Ser Consciente, é nos momentos dificeis que devemos compartilhar mais

 (Foto: Katherine Frey/the Washington Post)

O Washington Post traz a história de Reed Sandridge, um homem que recentemente perdeu seu emprego em uma organização sem fins lucrativos. Ao invés de sentir pena de si mesmo e apertar o orçamento, ele decidiu iniciar um inusitado projeto: doar 10 dólares todos os dias, por um ano, a pessoas que realmente precisem do dinheiro.   

Reed não tem expectativas sobre  a aplicação do dinheiro, nem espera nada em retorno. No início, muitos não acreditaram na iniciativa, mas Reed descobriu que é mais fácil doar dinheiro do que as pessoas pensam. A inspiração para o projeto veio de sua falecida mãe, que  custumava dizer-lhe: "É justamente nos momentos mais dificeis que devemos compartilhar mais".

Reed tem encontrado grande satisfação nessa experiência e não imagina o que fará quando o ano tiver terminado. O mais interessante é que muitas das pessoas ajudadas por ele tem passado a idéia adiante, doando 10 dólares a outras pessoas necessitadas. Reed está particularmente animado com o fato que sua mensagem esteja se espalhando e sensibilizando outras pessoas. 

Você pode acompanhar as façanhas dele no blog year_of_giving.


Adaptado de: "Tough times = Time to Give Back the Most' - The Hero Construction Company


15 de março de 2010

A música de um ser consciente

Vocês já ouviram falar em João Carlos Martins

Ele foi o maior intérprete de Bach do mundo mas, infelizmente, teve sua carreira suspensa duas vezes: uma, por lesão no tendão da mão (o instrumento de trabalho de um pianista!) e outra por causa de um assalto (levou uma pancada na cabeça quando estava na Turquia, o que causou danos cerebrais que o fizeram perder novamente os movimentos da mão). 

Hoje, é maestro, mentor de duas orquestras bachianas e de uma idéia social fantástica: incentivar crianças a resgatarem o sentido da vida por meio da música. Além disso, ainda toca piano melhor do que qualquer um de nós (e olha que ele toca somente com 4 dedos!).

A paixão de João Carlos pela música inspirou um documentário franco-alemão chamado Martins Passion, vencedor de quatro festivais internacionais. Alem disso, no carnaval 2011, ele será homenageado pela escola de samba Vai-Vai, com o enredo A música venceu.

Para os que moram em Vitória, no ES, João Carlos irá se apresentar amanhã (terça-feira, 16/03), às 20h no Teatro do SESI. O valor do ingresso é a doação de um livro infantil. Vale a pena assistir!!

João Carlos pode não conseguir tocar o piano com a mesma maestria de antes dos acidentes, mas com certeza nos toca a todos com sua história de superação e amor a música.


21 de fevereiro de 2010

O Ser Consciente

Imaginação Heróica: como pessoas comuns se tornam heróis?

Em 2007, Wesley Autrey, um operário da construção civil de 50 anos de idade, esperava o metrô junto com suas duas filhas pequenas numa estação no Harlem, Nova Iorque. Não muito distante, Cameron Hollopeter, um estudante de 20 anos, começou a ter uma crise epiléptica e caiu da plataforma, atravessado sobre os trilhos, no momento em que uma composição se aproximava.

Enquanto uma centena de outros passantes assistia paralizada, Autrey entregou suas filhas a um estranho e se jogou atrás do rapaz. Numa fração de segundos, ele colocou-o no vão entre os trilhos e deitou-se sobre ele, esperando pelo pior. Um sobre o outro, Autrey e Hollopeter somavam 51 centímetros. O trem de 370 toneladas passou a 53 centímetros do solo, apenas dois centímetros acima da cabeça de Autrey.

No mesmo ano, num bairro de classe média baixa da cidade de Palmeira, Santa Catarina, uma pequena casa começou a pegar fogo por causa de um curto-circuito. Desesperada, Lucilene dos Santos, 36 anos, saiu à rua gritando por socorro para sua filha, a pequena Andrielli de apenas um ano e dez meses, que dormia em seu quarto.

Um vizinho que passava pela rua, Riquelme dos Santos, acalmou-a dizendo para não se preocupar pois ele salvaria a criança. Dito isso, entrou na casa em chamas e, momentos depois voltou com a menina nos braços, sã e salva. Sem dúvida um feito heróico por si só, mas ainda mais impressionante pelo fato de, na ocasião, Riquelme tinha apenas cinco anos de idade* e estava vestido como seu herói favorito: o Homem Aranha.

Este comportamento é estimulado pelo que Zimbardo batizou de Imaginação Heróica. A tese defendida pelo psicólogo americano é que algumas situações têm o poder de fazer três coisas: inspirar a maldade em uns; atos heróicos em outros; ou ainda, a indiferença.

Para Zimbardo nós precisamos instilar na população o sentimento de que podemos fazer a diferença em ocasiões especiais. Ele acredita que o heroísmo é o melhor antídoto para a maldade. Ao promover a imaginação heróica, especialmente nas crianças, queremos as pessoas pensando: "Eu sou o herói e estou esperando aparecer a situação onde agirei de forma heróica".

Os heróis de Zimbardo são pessoas comuns, como eu e você. São os Riquelmes e Auters que habitam em nós. São os anônimos heróis do dia-a-dia esperando, adormecidos, sua grande chance de fazer a diferença (e que não necessariamente representará algum risco de morte).

Se você gostou do assunto veja a apresentação de Phillip Zimbargo no TED.

Adaptado de: Experimentos em Psicologia - Phil Zimbardo e a imaginação heróica de Rodolfo Araújo

28 de janeiro de 2010

Ser consciente não tem idade

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Em sua bicicleta, o menino conseguiu arrecadar quase meio milhão de reais / Foto: Divulgação- Richard Lewis

Em meio a mobilizações de doações e inúmeras discussões de líderes mundiais na tentativa de ajudar o Haiti, país abalado recentemente por um terremoto, o garoto Charlie Simpson, de sete anos de idade, mostrou que solidariedade não tem idade, lugar e nem precisa de grandes esforços para florescer.

Uma bicicleta, um objetivo e muito espírito de ajudar foi tudo que o garoto precisou para mostrou para a população mundial que não é preciso fazer muito, mas é preciso fazer algo.

Pedalando pela solidariedade

Em um ato de solidariedade incomum, Charlie, de 7 anos de idade, montou em sua bicicleta e simplesmente partiu para a arrecadação de dinheiro entre vizinhos, parentes e amigos. Com uma meta de angariar 500 libras, pouco mais de mil reais, o pequeno voluntário conseguiu mais ajuda do que imaginava, movimentou uma doação de quase meio milhão de reais, e atingiu o valor de R$450 mil.

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Depois da ajuda, Charlie pensa em continuar contribuindo

O grande coração do menino motivou a participação de pessoas de diferentes partes do mundo, e com a ajuda da sua mãe, que criou um site para mostrar a iniciativa, comoveu voluntários de Hong Kong à Nova Zelândia.

“É muito triste ver estas imagens na televisão”, disse Charlie ao ser indagado quanto ao que motivou a sua ação, que irá destinar toda a arrecadação para o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), responsável pelo apoio aos pequenos sobreviventes do desastre natural.

Semente do bem

Para a mãe do garoto, Leonora Simpson, “o que começou como uma pequena volta no parque com seu pai se transformou em algo muito maior do que isso”.

"Ele fez muito bem. Ele se esforçou e conseguiu levantar uma quantidade fenomenal de dinheiro. Ele realmente acreditava nisso e pensei que algo tinha de ser feito. Foi muito bom vê-lo tão motivado. Estou extremamente orgulhosa do nosso Charlie", disse Leonora.

Apesar de orgulhar não só os pais, como também honrar outros cidadãos de bem, a sensibilidade do menino vai além da comoção pelas imagens desastrosas na televisão e espera fazer uma real diferença na vida de todo o planeta.

“Agora eu só preciso decidir o meu próximo plano para fazer do mundo um melhor lugar”, disse Charlie.

Fonte:EcoD

20 de janeiro de 2010

Luto por um ser consciente: Zilda Arns


Até sua morte, no terremoto do Haiti, Zilda Arns era pouco conhecida da maioria dos economistas, investidores e empresários comprometidos com o crescimento tradicional do PIB. A médica sanitarista, no entanto, deveria figurar nos anais das boas escolas de administração do mundo inteiro, como criadora de uma metodologia de trabalho revolucionária e altamente eficiente. A Pastoral da Criança, que ela ajudou a criar em 1983 como desafio proposto pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) à Igreja Católica, exibe indicadores invejáveis, seja qual for o ângulo adotado para analisar o desempenho da entidade.

O mais admirável é o custo mensal por cada uma das cerca de 2 milhões de crianças atendidas: menos de US$ 1,00. Os recursos de pouco mais de R$ 35 milhões utilizados no exercício de 2008 representaram um custo mensal de R$ 1,69 por criança, decomposto em vários investimentos, como capacitação de voluntários (R$ 0,18 por criança/mês), apoio geração de renda (R$ 0,06) e educação de jovens e adultos (R$ 0,05).

Presente em 42 mil comunidades pobres e em 7.000 paróquias de todas as Dioceses do Brasil, a Pastoral se move num trabalho de formiga, que envolve 260 mil voluntários (92% deles mulheres). Imbuídos do espírito missionário, eles dedicam, em média, 24 horas por mês ao trabalho de orientar mães e famílias para que cuidem bem de suas crianças. O objetivo primordial da entidade, organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é “reduzir as causas da desnutrição e da mortalidade infantil e promover o desenvolvimento integral das crianças, desde a concepção até os 6 anos de idade”. Como pediatra e sanitarista, Zilda Arns acreditava que “a primeira infância é uma fase decisiva para a saúde, a educação, a fixação de valores culturais e o cultivo da fé e da cidadania, com profundas repercussões ao longo da vida”.

O atendimento a cerca de 1,5 milhão de famílias em mais de 3.500 cidades brasileiras trouxe um novo sentido de dignidade e cidadania aos excluídos da nação. Fez também despencar os índices de desnutrição e de mortalidade infantil a patamares ainda hoje perseguidos pela ONU. Em 1983, a Pastoral encontrou 50% de crianças desnutridas – hoje elas são 3,1% das atendidas. A mortalidade infantil despencou de 127 para 13 por mil nascidos vivos. Que outra empresa, ONG ou entidade governamental pode se dar ao luxo de ostentar desempenho tão robusto?
Graças à coordenação e ao empenho de Zilda Arns e à sua rede de voluntários, o Brasil poderá dizer que fez parte da lição de casa proposta pela Declaração do Milênio, aprovada pelas Nações Unidas em setembro de 2000. Das oito metas a serem atingidas até 2015, pelo menos duas – “erradicar a extrema pobreza e a fome” e “reduzir em 50% a mortalidade infantil” – sem dúvida alguma devem muito à Pastoral da Criança. Que desde 2008 exporta sua tecnologia social para outros continentes. Angola, Moçambique, Guiné-Bissau; Timor Leste, Filipinas, Paraguai, Peru, Bolívia, Venezuela, Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai, Equador e México. No Haiti, Zilda Arns estava justamente empenhada em divulgar a metodologia que criou e que tem caráter ecumênico. Numa entrevista, ela contava como voluntários muçulmanos se sentiam felizes por poder ajudar seus conterrâneos da Guiné-Bissau.

(...) Zilda Arns, uma mulher atenta às demandas dos mais pobres, fez pelo Brasil o que a maioria dos políticos e governantes juntos não fizeram nos últimos 30 anos. Sua obra permanecerá, porque se apoia em pilares sólidos, chamados amor, solidariedade, fé, compaixão, transparência.

Fonte:
Instituto Ethos

22 de dezembro de 2009

Tweets conscientes: Arrecadação via Twitter obtém 78 mil obras infantis

Heber Dias de Sousa, Laura Furquim Xavier e José Luiz Goldfarb nunca se encontraram pessoalmente. Mas, juntos, viraram uma espécie de Papai Noel de crianças que têm pouco acesso a livros.

Em outubro, eles criaram uma campanha pelo site Twitter, em que pediam aos seus leitores que, neste Natal, doassem exemplares para comunidades pobres.

O que começou com apenas 140 caracteres (espaço permitido para cada mensagem) foi parar em uma das maiores livrarias do país. A livraria Cultura colocou em todos os livros vendidos em São Paulo, Campinas e Porto Alegre um cartão-postal, pedindo que os compradores participassem da campanha.

A ideia começou com Heber, que, de forma despretensiosa, sugeriu em seu Twitter o presente a seus leitores. Laura, professora de Química em Minas Gerais, leu e gostou da ideia. Procurou, então, o apoio do Ministério da Educação e do Conselho de Secretários Estaduais de Educação. Ga­­nhou pontos de doação em todos os estados.

Goldfarb, curador há 19 anos do Prêmio Jabuti e professor da PUC-SP, seguiu na mesma direção. Com experiência em campanhas de arrecadação de livros, foi atrás de empresas que quisessem participar da iniciativa.

Desde que deixou o mundo virtual, a campanha "Doe um livro no Natal"" já arrecadou 78 mil livros de literatura - didáticos não são aceitos.

A meta do grupo é chegar aos 100 mil livros até o dia 23. Depois, a campanha continuará apenas nas unidades da Droga Raia, até 20 de janeiro.

Os livros recebidos serão entregues a bibliotecas públicas, dentro e fora das escolas. Os organizadores esperam presentear entre 300 e 500 salas de leitura, que podem atingir até 500 mil jovens. "Queremos encher as bibliotecas de literatura para que os jovens adquiram o hábito da leitura por prazer"", diz Goldfarb.

Fonte: Gazeta do Povo - PR 21/12

4 de dezembro de 2009

O Ser Consciente gosta de gatos


Voluntários realizam primeira feira de adoção de gatos na UFES

O grupo Gatinhos da UFES, formado por voluntários que tratam dos gatos que vivem no campus da Universidade Federal do Espírito Santo, realiza a primeira feira de adoção no próximo domingo (6), das 8h às 17h, em frente ao Cine Metrópolis.

Os interessados em adotar um animal devem levar Carteira de Identidade, comprovante de residência e, se possível, uma caixinha para transporte. Será exigida a assinatura do termo de responsabilidade e haverá orientação sobre a posse responsável. Também será feito um bazar com produtos doados a fim de se arrecadar recursos para os gatinhos que vivem no campus, já que o gasto somente com a alimentação é de cerca de 450 kg de ração por mês.

As despesas incluem ainda medicação, consultas e cirurgias para os mais de 100 animais que moram no local e mais 50 que vivem nas casas dos integrantes do grupo.
Mais informações no Blog http://adotegatinhosdaufes.blogspot.com

Fonte:
Gazeta Online

21 de julho de 2009

A Terceira Inteligência

Todos os dias somos cercados por notícias sobre violência, drogas, corrupção, crise. Seja pela mídia, amigos, vizinhos ou parentes, sempre recebemos, em algum momento, informações que revelam o quanto têm aumentado os índices de pobreza e de insegurança, que nos desanimam e pouco a pouco constroem uma barreira de desconfiança entre as pessoas. Mas será o ser humano assim tão maléfico? De que forma a nossa inteligência responde a tudo isso?

Em meio a essa descrença pela boa vontade humana, precisamos olhar um pouco para o lado e procurar ver o que muita gente anda fazendo de bom na comunidade onde vive. São com exemplos de superação e de construção que podemos renovar nosso ânimo e enxergar que nossos problemas, na maioria das vezes, não são nada perto do vivido por outros. E esses exemplos não estão distantes.

Não fazem somente parte da história de grandes países. São pequenas ações como a de jovens de uma escola pública da Capital que resolveram dizer não ao bullying; gaúchos comuns do interior do Estado que se uniram para tirar o lixo do rio e se depararam com toneladas de entulhos recolhidos; crianças que se vestem de palhaço para fazer nascer sorrisos em outras crianças internadas em um hospital; jovens que conseguiram se livrar das drogas graças ao trabalho de pessoas que fizeram mais do que seu cargo burocrático determinava.

Todas essas iniciativas são comandadas por nossas três inteligências: a primeira, a intelectual, é o famoso QI (quociente de inteligência), que nos permite elaborar os projetos para solucionar problemas objetivos. A segunda, a emocional, é a faísca que nos impulsiona quando vemos uma situação de injustiça e nos dá combustível para trabalhar na melhoria de uma região ou de nossa comunidade. É a nossa emoção, compaixão, revolta.

Mas existe também uma terceira inteligência, chamada inteligência espiritual. E é essa capacidade que intuitivamente norteia todas as nossas ações. Sua base empírica reside na biologia dos neurônios, pesquisada nas últimas décadas por neurólogos, neuropsicólogos, neurolinguistas e técnicos em magnetoencefalografia (que estudam os campos elétricos do cérebro). A terceira inteligência representa uma vantagem evolutiva de nossa espécie homo e é por meio dela que percebemos os contextos maiores da nossa vida, as totalidades significativas e nos faz sentir inseridos no todo.

O nome espiritual nada tem a ver com práticas e conceitos religiosos e doutrinários. A espiritualidade pertence ao homem e não é monopólio das religiões. Essa inteligência se sobrepõe a interesses materiais e econômicos e se caracteriza pela generosidade, respeito ao próximo, ética. Ela nos faz transcender ao ego, como diz o médico Deepak Chopra – autor de mais de 25 obras sobre autoconhecimento traduzidas para 35 idiomas –, substituindo a pergunta O que vou ganhar com isso? por Como posso ajudar?

A solução para velhos e novos problemas reside na simplicidade. Quando somamos forças para resolver uma situação, na maioria das vezes acabamos construindo muitas coisas boas, que acabam servindo de exemplo para outras pessoas e, assim, em uma reação em cadeia, multiplica uma rede de solidariedade e de resultados. Dessa forma, talvez, possamos substituir aos poucos o substantivo medo pelo verbo esperançar.


Por Maria Elena Pereira Johannpeter, Presidente Executiva (Voluntária) da ONG Parceiros Voluntários. (Envolverde/Rede Gife)

3 de julho de 2009

Fazendas na cidade - Saude, cidadania e consciencia ecologica

Mais uma contribuição da nossa correspondente internacional, Melissa:

T
odas as consequencias que estamos agora notando sobre nosso modo de vida contemporaneo tem levado a muitas pessoas a pensarem e agirem de uma forma que reuna os antigos conhecimentos com as necessidades atuais de consumo de nossa sociedade. Considerando que estamos numa era na qual enfrentamos grandes desafios como Efeito Estufa, violencia e pobreza, epidemia de obesidade e doencas metabolicas, parece complicado pensar numa solucao para tantos problemas espalhados por todo o mundo.

Nao para Will Allen. Allen eh um fazendeiro urbano. Isso mesmo, producao agricola na cidade. O que parecem dois conceitos distantes, e ate contraditorios, transformou a comunidade onde ele vive, no Winsconsin. Tudo comecou, em 1993, com as criancas, num projeto de jardinagem que incluia jovens sem lugar para trabalhar. Allen tinha uma pequena propriedade e uma grande vontade de fazer a diferenca, entao desenvolveu tecnicas de cultivo e programas educacionais que foram alem das abordagens tradicionais, e juntou, literalmente, a fome com a vontade de comer.

A partir da necessidade dessa populacao de melhor qualidade de vida - mais empregabilidade, mais educacao,
mais saude - eh que a ONG Growing Power surgiu, na qual Allen eh o CEO e co-fundador. Com o objetivo de transformar o cultivo, a producao, e a distribuicao de alimentos saudaveis para a mal-servida populacao da cidade, o esforco de Allen e da Growing Power eh no reconhecimento de que a populacao de baixa renda das cidades tem acesso limitado a frutas e vegetais frescos e seguros de se consumir, o que estah diretamente ligado a dieta pobre em nutrientes e, consequentemente a doencas cardiovasculares, obesidade e diabetes.
Como melhorar essa situacao, considerando que uma abordagem "de volta ao campo" nao iria funcionar? E entao, como proporcionar alimentos frescos, organicos, e de baixissimo impacto ambiental? E ainda com baixo preco final para o consumidor?

O modelo holistico de cultivo de Allen incorpora uma sintese de varias tecnologias de cultivo de baixo custo - estufas, uso vertical do espaco, aquicultura, vermicultura, compostagem - com uma rede de distribuicao urbana, que fornece produtos o ano todo. Os pontos a se destacar nesse tipo de abordagem passam desde a otimizacao da producao organica de vegetais e animais acessivel a todos, ate um menor custo e menor rastro de carbono na distribuicao, por se localizar ao lado do consumidor final.

Por meio de parcerias com organizacoes locais, as atividades da ONG se expandiu, nesta ultima decada, e passam tambem por treinamentos de jovens e adultos, que sao incentivados a produzir comida saudavel para sua comunidade e a estabelecer novas fazendas urbanas.Will Allen continua seu trabalho como educador, fazendo palestras nos EUA e pelo mundo para inspirar fazendeiros urbanos.

Saiba mais sobre a Growing Power
Growing Power eh uma organizacao nao governamental que ajuda a fornecer acesso igualitario a alimentos saudaveis, de alta qualidade, seguros e baratos, de forma sustentavel. Hoje, seu compromisso se estende nacional e internacionalmente na promocao de sistemas sustentaveis de producao de alimentos. Seus treinamentos incluem informacoes sobre processamento anaerobico de sobras de alimentos, biofitocorrecao e saude do solo, aquicultura em sistemas de looping fechado, vermicultura (minhocas), compostagem em pequena e grande escalas, agricultura urbana, engajamento comunitario, desenvolvimento de lideranca participativa, e planejamento de projetos.


8 de junho de 2009

Cooperando com o bem estar das pessoas e do planeta.


Esses post é uma colaboração da nossa correspondente internacional Melissa. Ela está vivendo em New York e nos conta o que de mais consciente esta rolando por lá.

"Desde que cheguei aqui em NYC e pisei no Brooklyn, percebi que minha experiencia nessa cidade nao teria muito a ver com o corre-corre das pessoas apressadas para o trabalho, o transito intenso e os taxistas malucos, ou fast food a vontade.
A confirmacao veio na mesma semana, quando pisei na Park Slope Food Coop. Parecia que um portal para outra dimensao havia sido aberto na minha frente, e que minhas preces de ter uma vida mais saudavel e meu sonho de praticar minha arte na cozinha tinham sido atendidos melhor do que eu jamais poderia imaginar.
Todos me perguntam, depois desses quase 3 meses aqui, se eu ja engordei, quantos quilos, se eu como muito hamburguer com batata frita. Mas meu dia a dia esta muito longe disso. Na segunda semana aqui, ja me inscrevi para receber a orientacao basica na Coop, para tambem ser uma cooperada, e poder fazer meu supermercado a vontade nesse paraiso gastronomico.
Dizem que essa cooperativa comecou com uns amigos que se juntaram para comprar uma caixa de cenouras e repartir, pois assim era mais barato. Desde entao (eram os anos 70), mais interessados foram se juntando a essa ideia: comer bem e de forma saudavel, consumir produtos frescos e direto do fornecedor, gastar pouco e fomentar o espirito de cooperacao entre as pessoas.
Hoje, a Coop (le-se Coh-ohp, como eh carinhosamente chamada por todos) tem mais de 14 mil cooperados ativos, 60 pessoas no staff, dezenas de fornecedores locais, movimentando muita grana no ramo de organicos, ecologicamente corretos, alimentos para pessoas com restricoes alimentares (sem gordura, sem acucar, sem laticinios, sem gluten, e por ai vai), comercio justo, pequenos produtores, produtos biodinamicos, e todos esses termos novos que dizem respeito a Sustentabilidade.
O esquema eh o seguinte: na orientacao, voce recebe instrucoes basicas de como ser cooperado. Voce paga uma taxa de inscricao, faz um investimento inicial, e ja pode ir comprar. So que, so pode comprar quem trabalha na Coop. Isso mesmo, para usufruir de todos esses produtos sensacionais, voce tem que dar 2h45min, a cada 4 semanas, de trabalho. E ha postos de trabalho de todo o tipo: desde caixa ate processador de alimentos, passando por reposicao de prateleiras e redator no jornalzinho. Ou seja, quem te atende eh uma pessoa igualzinha a voce: tem seu emprego proprio, suas atividades, e tambem trabalha na Coop; um funcionario publico eh da conferencia de entrada de pessoas, um advogado eh do recebimento de mercadorias, e eu sou caixa.
Tudo funciona pela forca de trabalho dos cooperados, e a administracao da Coop eh eleita pelos proprios membros, periodicamente. Dessa forma, os produtos podem chegar ao consumidor final sem o peso no preco dos repasses de atravessadores, muitos custos internos com pessoal, nem do lucro da empresa, pois como cooperativa, a organizacao eh sem fins luccrativos.
Alem disso, a Coop oferece varios cursos ligados a qualidade de vida e bem estar, como terapias holisticas, passando por cursos de nutricao e beleza, e ate financas. A conscientizacao e acao socioambientais sao levadas a serio, e inclui as criancas da comunidade de Park Slope.
O interesse pela Coop eh tao grande, que muitas pessoas de outras regioes, como Manhattan e Queens, vem ate o Brooklyn so para comprar na cooperativa, o que ja esta provocando o movimento de abrir uma nova Coop numa regiao mais central de NYC.
Meu novo sonho agora eh que haja esse tipo de negocio na minha cidade, no Brasil, e quem sabe em todo canto do mundo.
Ah, minha saude esta muito bem e nao engordei nada (acho ate que emagreci um pouco."

Fonte: Blog da Melissa

16 de maio de 2009

O Ser Consciente usa a criatividade para falar de coisas sérias

Hoje, as ruas de Vitória no ES forma tomadas por manifestação no mínimo inusitada contra a alta carga tributária brasileira e a má aplicação desses recursos pela administração municipal, estadual e federal.  Aposto que muita gente não sabe que, ao todo, pagamos 62 tipos diferentes de impostos. Confira a lista e mais detalhes desta ação consciente na matéria abaixo. 



Vitória tem carreata contra os impostos neste sábado

Foto: Luciano Gonçalves 
De 1º de janeiro até 27 de maio, o brasileiro trabalhou somente para pagar impostos. São 148 dias trabalhados para pagar os mais diversos tributos. Por isso, neste sábado (16) foi realizada uma carreata pelas ruas de Vitória para comemorar o “Mês da Liberdade Tributária”.

O movimento, organizado pela Federação Capixaba de Jovens Empreendedores (Fecaje), Cindes Jovem, CDL Jovem Capixaba e Crea-JR, teve como objetivo informar aos cidadãos que, desde o dia 1º de janeiro até o dia 27 de maio, o brasileiro trabalhou somente para pagar impostos, ou seja, 148 dias trabalhados.  

A Carreata do Imposto foi composta por 61 automóveis, sendo que cada um deles representava um tributo diferente e mostrou também a porcentagem que é cobrada do contribuinte. Teve, ainda, um caminhão que simbolicamente transportou toda a carga de tributos paga pelos brasileiros.

Foto: Luciano Gonçalves 
“A iniciativa é para mostrar aos capixabas a quantidade de impostos que os cidadãos são obrigados a pagar e protestar sobre a pesada carga tributária do país”, comenta o diretor do Cindes, Gervasio Andreão Júnior.

Segue abaixo, a relação de tributos cobrados no Brasil:

1 - Contribuição à Direção de Portos e Costas (DPC) 
2- Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) - "Salário Educação" 
3- Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) 
4- Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT) 
5- Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena Empresa (Sebrae) 
6- Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial (SENAC) 
7- Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes (SENAT) 
8- Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI) 
9- Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (SENAR) 
10- Contribuição ao Serviço Social da Indústria (SESI) 
11- Contribuição ao Serviço Social do Comércio (SESC) 
12- Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (SESCOOP) 
13- Contribuição ao Serviço Social dos Transportes (SEST) 
14- Contribuição Confederativa Laboral (dos empregados) 
15- Contribuição Confederativa Patronal (das empresas) 
16- Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) ou Contribuição Social para a Saúde (CSS) 
17- Contribuição Sindical Laboral 
18- Contribuição Sindical Patronal         
19- Contribuição Social sobre o Faturamento (COFINS) 
20- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) 
21- Contribuições aos Órgãos de Fiscalização profissional (OAB, CREA, CRECI, CRC, etc) 
22- Contribuições de Melhoria 
23- Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações - FUST 
24- Fundo Aeronáutico (FAER) 
25- Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) 
26- ICMS (Imposto s/Circulação de Mercadorias e Serviços) - Estadual 
27- Imposto de Renda (IR pessoa física e jurídica) - Federal 
28- Imposto sobre a Exportação (IE) - Federal 
29- Imposto sobre a Importação (II) - Federal 
30- Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) - Estadual 
31- Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) - Municipal 
32- Imposto sobre a propriedade Territorial Rural (ITR) - Federal 
33- Imposto sobre operações de Crédito (IOF) - Federal 
34- Imposto sobre Serviços (ISS) - Municipal 
35- Imposto sobre Transmissão Bens Intervivos (ITBI) - Municipal 
36- Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) - Estadual 
37- IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados - Federal 
38- Contribuição Previdenciária -  INSS: Empregados, Autônomos, Empresários e  Patronal  
39- Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações - FUNTTEL 
40- Fundo Nacional da Cultura 
41- Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) 
42 - Taxa Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) 
43 –Taxa Ambiental 
44- Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro 
45- Taxa de Coleta de Lixo 
46- Taxa de Combate a Incêndios 
47- Taxa de Conservação e Limpeza Pública 
48- Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais) 
49- Taxa de Iluminação Pública 
50- Taxa de Licenciamento e Alvará Municipal 
51- Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP) 
52- Taxas CVM (Comissão de Valores Mobiliários) 
53- Taxas de Outorgas (Radiodifusão, Telecomunicações, Transporte Rodoviário e Ferroviário, etc.) 
54- Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais) 
55- Taxas IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) 
56- Contribuição ao Funrural 
57- Taxas de Fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) Lei 9.961 
58- Taxa de Pesquisa Mineral DNPM (Portaria Ministerial 503/99) 
59- Contribuição de  10% sobre o montante do FGTS em caso de despedida sem justa causa (Lei Complementar nº 111/2001) 
60- Contribuição de  0,5% sobre o total da folha de pagamento (Lei Complementar nº 111/2001) 
61 – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE: sobre Combustíveis, Royalties e Energia Elétrica. 
62 – Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar (MP 235/04)

Fonte: Folha Vitória

8 de maio de 2009

O Ser Consciente não tem medo do Leão

Está é a história do Alexandre Aguiar de Dedavid, que cansado de só reclamar da declaração do Imposto de Renda, decidiu sugerir melhorias através da Ouvidoria do Ministério da Fazenda. Ele consegui estimular seus amigos a fazerem o mesmo e está recebendo através de seu blog sugestões de pessoas que queriam permanecer anônimas. Abaixo está o post de Alexandre na integra. 


"Melhorias para o sistema do IRPF

Como analista de sistemas, cidadão e contribuinte, é de minha responsabilidade contribuir para o desenvolvimento da sociedade e de cobrar a Administração Pública para que esta facilite a vida da população.

Após a divertida experiência de realizar a declaração do IRPF em 2009, iniciei um movimento com alguns amigos (também analistas de sistemas e computólogos) para criar sugestões de melhorias para o software de declaração de IRPF. Até o momento, sei de 8 pessoas que contribuíram com sugestões e encaminharam suas mensagens diretamente a Ouvidoria do Ministério da Fazenda via canal de comunicação para sugestões e reclamações disponibilizado. 

É fato que o primeiro grande passo rumo à modernização do canal de declaração de renda já foi dado, disponibilizando aos cidadãos um aplicativo capaz de enviar as declarações em meio eletrônico. É indiscutível de que este foi um grande progresso em relação aos formulários em papel. 

No entanto, o sistema de declarações parece mostrar alguns comportamentos e problemas que já poderiam ter sido sanados dada a maturidade do software.

Sendo assim, foi criada a seguinte lista de dúvidas e sugestões de melhorias para o software IRPF:
  • Ano novo, ferramenta nova: Por que o usuário deve baixar e instalar uma ferramenta nova a cada ano? Teoricamente, o modelo lógico da declaração de IR pode ser facilmente generalizado a ponto de criar uma ferramenta única (que poderia ser apenas atualizada a cada ano. De repente via XML mesmo, ou com um pequeno complemento). O download anual traz um desperdício de recursos (tempo do usuário, banda de internet, energia elétrica, ...)

  • Ferramenta online: A ferramenta poderia ser disponibilizada "online", sem a necessidade de download. Os usuários poderiam apenas salvar as suas informações na web nos próprios servidores da receita, assim a declaração poderia ser preenchida aos poucos e a base de dados estaria mais segura para o usuário do que em seu próprio computador, além do que a receita poderia ter um maior controle sob o processo de preenchimento da declaração. Existe a questão de disponibilidade dos servidores com o grande número de acessos. Isso poderia ser resolvido com janelas de tempo e prazos diferentes para intervalos de CPF (semelhante ao rodízio de placas em SP).

  • Usabilidade: No preenchimento de alguns campos as informações às vezes se perdem (a não ser que o usuário troque o foco do campo antes de trocar de formulário, por exemplo). Isso também ocorre para enviar a declaração. O software emite uma mensagem informando que a "declaração será fechada", entretanto não fica claro se ela será salva ou não.

  • Padronização: A cada ano, o sistema é instalado, por padrão, em diretórios diferentes: C:\Arquivos de Programas\IRPF... ou C:\Arquivos de Programas\Programas SRF\IRPF... e, no último ano, em C:\Arquivos de Programas RFB\IRPF2009. Isso confunde o usuário leigo e dificulta o processo de encontrar suas declarações dos anos anteriores;

  • Sistema intuitivo: O diretório "Transmitidas", aparentemente, não possui nenhuma funcionalidade no software deste ano. Nada é armazenado ali. No entanto, quando solicitamos a impressão de recibo, o programa dispara uma janela aberta neste diretório. O usuário, então, tem que descobrir por conta própria que os recibos são arquivos .REC que ficam salvos por padrão na pasta "Gravadas". Aliás, ao entrar nesta pasta, não aparecem os recibos disponíveis ali dentro. O usuário precisa clicar no botão "Selecionar", o que não é nada intuitivo, pois aparece um quadro vazio onde deveriam aparecer os arquivos .REC para serem selecionados (houve muitas reclamações de amigos e parentes mais "leigos" com relação a este item);

  • Formas de gravação: O usuário, ao fechar o aplicativo, não sabe se sua declaração foi gravada ou não. Também não fica claro por que existem duas formas de gravação: a automática e a "gravação para entrega à RFB". Por que o programa não se comporta como a maioria das aplicações, onde o usuário pode salvar seus arquivos clicando em um ícone de "disquete" ou é questionado se deseja salvar as alterações ao tentar sair do programa?

  • Clássico botão de gravar: Poderia ter, no menu "Arquivo", os clássicos itens "Salvar" e "Salvar Como";

  • Encapsulamento e o Receitanet: Por que existe um programa externo para enviar as declarações, o Receitanet? Por que essa funcionalidade não é encapsulada em um componente que possa ser integrado a todas as aplicações da RFB? Está aí mais um ponto que torna o processo de declaração mais penosa ao usuário leigo, tendo de baixar/instalar/operar um software adicional;

  • Declarações antigas, o trabalho manual: O usuário precisa comparecer a uma unidade da RFB para solicitar declarações antigas. Uma forma de autenticação poderia ser disponibilizada para que o cidadão tivesse um canal direto com a RFB, onde poderia consultar pendências, declarações e recibos anteriores, processos administrativos, etc. Isso desoneraria os servidores públicos para que se dedicassem a outras atividades mais nobres, como processar declarações complexas ou mesmo prestar um atendimento ao público de maior qualidade, visto que só casos mais complicados teriam de ser resolvidos na presença do contribuinte.

  • Funcionalidade: O usuário deve preocupar-se apenas em declarar sua renda e não em operar o software. Este deve ser o mais amigável possível, como uma espécie de gentileza pelo usuário estar prestando um serviço gratuito à Receita Federal, que é o de informá-la tudo que o Estado não foi capaz de apurar automaticamente (a tecnologia da informação, com algum esforço em médio prazo, já permitiria que fossem apuradas todas as pendências tributárias sem intervenção humana).

  • Atualização para versões novas: Ao tentar fazer uma declaração retificadora após o prazo final de entrega (30/04), o usuário deve baixar e instalar uma nova versão do programa. Faz sentido isso? Além da necessidade de se instalar numa nova versão a cada ano, agora o usuário também deve instalar uma nova versão apenas para enviar a retificação. São 11MB de download! Poderia existir uma forma mais simples de atualização na própria ferramenta (como na maioria dos software existe o menu "Ajuda -> Atualizações").

  • Didática do preenchimento: Poderia ser aprimorada a didática de preenchimento dos dados. Boa parte dos termos utilizados no programa são desconhecidos por pessoas de meu ciclo de relacionamento, que, teoricamente, possuímos algum nível de instrução.
Estas são apenas algumas sugestões simples e que poderiam melhorar bastante o sistema para o futuro.

Peço aos demais amigos e cidadãos responsáveis que façam sua parte encaminhando suas sugestões de melhoria e reforçando o pedido junto a Ouvidoria do Ministério da Fazenda. Vamos fazer algo de útil ao invés de simplesmente reclamar que "nada funciona" no Brasil.

Para aqueles que tem medo de "se expor" encaminhando uma mensagem ao Ministério, já que eles exigem nome completo e CPF no preenchimento da mensagem, por favor, encaminhe suas sugestões como comentário aqui no blog que eu repasso à Ouvidoria. ;)

PS: Agradeço, em especial, ao Francisco Amorim, pelas contribuições e pelo auxílio na redação deste post."