10 de maio de 2010

Diga Minha mãe é Linda!

Tudo começou com uma instalação criada por Yoko Ono em 2004. Visitantes eram convidados a escrever um pensamento ou memória sobre suas mães, ou trazer uma fotografia  e afixar ao mural.

 Foto: Yoko Ono: My Mommy Is Beautiful (2004).

"Rapidamente, o mural ficou completamente coberto por memórias e mensagens, que logo cobriram também as paredes", explica Yoko.

Participe da versão online do projeto em: My Mommy is Beautiful / 2010 e diga ao mundo o quanto você ama a sua mãe. Basta usar sua conta de Facebook ou Flickr para incluir uma foto da sua mãe e uma mensagem. 

Foto:Isoko & Yoko Ono, 1936

8 de maio de 2010

O desafio de enxergar o mundo de forma integral

 
Por Nara Bianconi e Carol Romano

O engenheiro naval e doutor em engenharia nuclear, Ari Raynsnford, começou a estudar a obra de Ken Wilber há 20 anos e nunca mais parou. É categórico ao dizer que a sua vida se tornou mais fácil depois do contato com os pensamentos do filósofo americano que já é considerado por alguns "o maior pensador no campo da evolução da consciência". 
 
Ari passou os últimos 10 anos divulgando pelo Brasil o Modelo Integral - sistema proposto por Wilber -, ministrando palestras e cursos, coordenando grupos de estudo, traduzindo livros e artigos, e prestando consultoria a empresas. A seguir e com exclusividade para AsBoasNovas, ele apresenta algumas das suas reflexões sobre o desafio Wilberiano de integrar ciência, filosofia, arte, ética e espiritualidade.
 
AsBoasNovas: De onde parte o pensamento integral de Wilber?

Ari Raynsford: O mote dele diz que todos os grandes pensadores e linhas de pensamento da humanidade estão certos. Quando temos duas ou três opções para resolver um problema costumamos escolher apenas uma e crer nela como algo absolutamente certo enquanto as outras passam a ser encaradas como erradas. E ele disse que não podia aceitar que dois gênios da humanidade estivem certos ou errados. Concluiu que ambos estavam certos, mas parcialmente certos, o princípio da sua teoria da integração. O desafio está em operar numa lógica diferente do sim ou não, em perceber que não precisamos optar entre concordar com Freud ou Jung, por exemplo. A lógica binária comete reducionismos perversos.

ABN: Então o modelo integral se baseia no estudo dos processos, de como as coisas funcionam?

AR: O Sistema Operacional Integral (SOI) de Wilber é, justamente, a análise do processo. Para Wilber, viver é processar o cosmos. Recebemos estímulos externos o tempo todo e esses estímulos são processados por um sistema operacional interno que nem nos damos conta que existe. Acontece que esse nosso sistema, do jeito que está, parece limitado para processar os questionamentos atuais do mundo, que andam mais complexos.

ABN: Essa integração acontece de que forma?

AR: Wilber fala dos quatro quadrantes, a essência de seu mapa. Não existe nada que não tenha interior e exterior e tudo que existe tem um aspecto individual e outro coletivo. Combinando dois a dois, os quatro aspectos acima, -individual, coletivo, interior e exterior-, obtemos os quatro quadrantes de Wilber. Vivenciamos esses quatro quadrantes nesse momento. Se você focar no seu corpo exterior começará a ouvir sua respiração; Se focar no seu interior perceberá o que está pensando e sentindo; O interior coletivo trará aspectos intersubjetivos, como por exemplo, você entende o que estou dizendo porque falamos a mesma língua; Por fim, se focar no exterior coletivo, pode atentar para as referências que te trouxeram até esta entrevista.

ABN: Isso pode ser aplicado na prática de que maneira?

AR: Você não pode ser feliz tratando apenas um quadrante. Você tem que tratar do seu corpo, da sua mente, das suas relações subjetivas e do meio em que vive, achar um equilíbrio entre elas. Quem monta a sua prática é você mesmo de acordo com seus padrões financeiros, suas necessidades, usando o mapa (Mapa Integral ou SOI) como norte. O ideal seria que começasse a fazer uma prática na medida em que vai lendo o modelo, para ir vivenciando-o não só intelectualmente. Independente de você saber a teoria, ela só te dá insights que te levam a prática e na medida em que você vai fazendo isso elas vão se unindo e uma te leva a outra. É um processo sinérgico.

ABN: E como conseguir mudanças positivas com o mapa?

AR: Muitas vezes lemos coisas interessantes mas não mudamos de fato, por isso digo da sinergia entre entender Wilber e praticá-lo. Todos nós nascemos egocêntricos. Conforme a criança vai crescendo ela se preocupa com o outro, mas só com aqueles do seu grupo, e passa para uma fase etnocêntrica. Se continuar nesse processo evolutivo irá para o estado multicêntrico, onde se preocupa com toda a humanidade. Depois disso poderia passar para um nível cosmocêntrico, onde há preocupação com todos os seres sensíveis, com os animais, plantas e a Terra como um todo. Segundo Wilber estamos (a sociedade global) no estado etnocêntrico e sua proposta é justamente incentivar o ser humano a se conhecer e transcender para níveis de consciência mais elevados também em sociedade. Paralelamente ao esforço para transcender os níveis, a intenção é tentar neutralizar nossas patologias e estar sadio em qualquer um desse níveis. Seguindo este raciocínio, o primeiro desafio é estarmos sadios no nível etnocêntrico que nos encontramos.

ABN: De que jeito é possível romper com um estado atual de consciência e transcender para outro mais elevado?

AR: Não existe nenhum processo na natureza sem perda. Quando você está se sentido confortável em uma posição você fica meio estagnado. Quando começa a se sentir desconfortável por alguma razão primeiro você tenta resistir, mas quando ela começa a ficar muito forte então você vai buscar mudar, porque está ruim aqui e você quer que fique melhor. Surge o medo da mudança, do desconhecido... Essa é mais ou menos a dinâmica da evolução. Você poderia passar a vida sem desconfortos, mas notamos que a maioria das pessoas evoluem por conta do desconforto, por mini-crises ou crises fortes. É quando a transcendência de estados se manifesta.

ABN: Como você encara a obra de Ken Wilber?

AR: De uma maneira bem simplista, acredito que Wilber nos deu um mapa para mostrar como o ser humano funciona. E esse mapa pode ser aplicado à tudo, tanto para você viver melhor como para resolver os problemas da humanidade.

ABN: Esse mapa é perecível?

AR: Eu creio que não, por uma razão muito simples: a proposta dele não é criar uma nova teoria mas sim integrar tudo o que já se faz nas diferente áreas onde ele estuda. Eu tenho fé que isso ainda dura muito tempo, porque tudo o que surgiu desde o começo da humanidade até agora está incluindo no modelo integral e tem sua inter-relação com outras coisas. É como se ele montasse um quebra-cabeça, onde cada pecinha tem uma verdade válida e quando essas verdades parciais são encaixadas se tornam uma só, que ainda é uma verdade parcial, mas já mais integrada e abrangente. Assim notamos nossas limitações ao tentar resolver nossos problemas. Como resolvemos problemas ecológicos? As tentativas são capengas porque usar só a perspectiva da ecologia é limitada. Então tem que pensar que uma variável está embutida neste modelo mas existem várias outras variáveis embutidas em outros modelos e a sugestão é integrar todas elas.

Breve biografia de Ken Wilber
 
Filósofo, cientista, pensador e místico, o americano Ken Wilber, do alto dos seus 60 anos prefere se autodefinir como "um contador de histórias que trata de perguntas universais". Ao completar o segundo grau começou a estudar medicina, mas logo desistiu da carreira médica e foi estudar psicologia e filosofia ocidentais e orientais. Concluiu ainda um mestrado em bioquímica e na sequência, passou a dedicar-se as publicações.

Com 23 livros e dezenas de artigos sobre espiritualidade, filosofia e ciência lançados em mais de 30 idiomas, Wilber é atualmente o autor acadêmico mais traduzido nos Estados Unidos. Pela natureza básica e pioneira de seus insights, ele foi chamado de o "Einstein da consciência". Em 1998 fundou o Integral Institute (http://www.integralinstitute.org/
), organização dedicada ao detalhamento, difusão e implantação do "Modelo Integral", por ele desenvolvido ao longo das últimas três décadas e que é aplicável a variadas áreas de atividades como: Psicologia, Política, Ecologia, Medicina, Educação, Direito, Negócios, Arte, Espiritualidade, entre outras.

Alguns títulos do Autor
  • O Espectro da Consciência (Cultrix, 1990)
  • O Olho do Espírito (Cultrix, 2001)
  • Uma Breve História do Universo (Nova Era, 2001)
  • Uma Teoria de Tudo (Cultrix, 2003)
  • Boomerite: Um Romance que Tornará Você Livre (Madras, 2005)
  • A visão integral (Cultrix, 2009)
 

7 de maio de 2010

Veja quem tentou desfigurar o ficha limpa

Parlamentares de quatro partidos tentaram desfigurar o projeto ficha limpa na votação dos destaques da proposta, que proíbe a candidatura de políticos com condenação na Justiça: PMDB, PP, PR e PTB. São dessas quatro legendas os 43 deputados que votaram favoravelmente a duas alterações que praticamente inviabilizavam o ficha limpa.

A lista (veja abaixo) é encabeçada pelo PMDB, com 18 deputados, e pelo PP, com 16. Em seguida, vêm o PR, com seis nomes, e o PTB, com três. 

Dos 12 destaques, nove ficaram para ser analisados na próxima terça-feira (11). Dois dos três derrubados ontem afetavam profundamente a aplicação do projeto, cujo texo-base foi aprovado anteontem (4).

Primeiro, os deputados derrubaram (362 votos a 41) a possibilidade de retirar do projeto o período em que um político se tornaria inelegível por compra de votos ou abuso de poder econômico. Na visão de deputados favoráveis ao ficha limpa, como Flávio Dino (PCdoB-MA), essa manobra poderia fazer com que a matéria viesse a ser questionada futuramente em relação à sua constitucionalidade.


Afinal, uma das máximas do direito diz que toda conduta reprovável precisa ter uma pena determinada. Essa alteração foi proposta pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).


Depois, os parlamentares rejeitaram (377 votos a favor, dois contra e duas abstenções) a retirada da principal característica do projeto: tornar inelegível o candidato condenado por órgão colegiado judicial (tribunal de justiça estadual ou federal). Atualmente, o político só fica impedido de se candidatar quando é condenado em última instância na Justiça, ou seja, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A corte constitucional jamais condenou um político. Esse destaque foi proposto pelo líder do PTB, Jovair Arantes (GO), que não participou da votação.


Se passasse a proposta do petebista, pessoas condenadas por lavagem de dinheiro, tráfico de entorpecentes, contra o patrimônio público, privado, ou os eleitorais que sejam puníveis com pena privativa de liberdade, poderiam concorrer livremente.


Câmara dribla destaques que anulavam ficha limpa


Para derrubar os destaques de Eduardo Cunha e Jovair Arantes era necessário obter 257 votos em plenário. Qualquer resultado inferior mudaria o texto.


Veja a relação dos deputados que tentaram inviabilizar a proposta:


1) Tentaram retirar o período pelo qual um político se tornaria inelegível por compra de votos ou abuso de poder econômico:

Alagoas 
Joaquim Beltrão  (PMDB)
    
Bahia

José Rocha (PR)      
Marcelo Guimarães Filho (PMDB)     
Maurício Trindade (PR)      
Veloso  (PMDB)     


Ceará 
Aníbal Gomes (PMDB)     
Arnon Bezerra (PTB)      
Zé Gerardo (PMDB)
    
Espírito Santo 

Camilo Cola  (PMDB)
   
Maranhão

Davi Alves Silva Júnior (PR)      
Waldir Maranhão  (PP)
      
Minas Gerais 

João Magalhães  (PMDB)     
Marcos Lima  (PMDB)
   
Mato Grosso

Eliene Lima (PP)
     
Mato Grosso do Sul
 
Antonio Cruz  (PP)
     
Paraná 
 
Chico da Princesa (PR)      
Dilceu Sperafico  (PP)      
Giacobo  (PR)      
Nelson Meurer  (PP)      
Odílio Balbinotti  (PMDB)     
Ricardo Barros  (PP)
     
Pará

Asdrubal Bentes  (PMDB)     
Gerson Peres  (PP)      
Wladimir Costa  (PMDB)
    
Rio de Janeiro

Alexandre Santos (PMDB)     
Dr. Paulo César  (PR)      
Eduardo Cunha  (PMDB) – autor do destaque    
Leonardo Picciani  (PMDB)     
Nelson Bornier  (PMDB)     
Solange Almeida  (PMDB)
     
Rondônia
 
Marinha Raupp (PMDB)
    
Roraima

Neudo Campos  (PP)
      
Rio Grande do Sul

Afonso Hamm  (PP)      
Paulo Roberto Pereira (PTB)      
Vilson Covatti  (PP)  
 

São Paulo  
Aline Corrêa  (PP)      
Beto Mansur  (PP)      
Celso Russomanno  (PP)      
Paulo Maluf  (PP)      
Vadão Gomes  (PP)
     
Tocantins

Lázaro Botelho  (PP)  
    
2) Votaram pela manutenção do segundo destaque da noite, que, na prática, acabava com a proposta do ficha limpa:

Beto Mansur (PP-SP)

Edinho Bez (PMDB-SC)

Abstiveram-se:

Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Leonardo Piccianni (PMDB-RJ)

Autor do destaque:
Jovair Arantes (PTB-GO) – não votou

#Doepalavras, projeto ajuda pacientes com câncer através de mensagens

"Muitas vezes o que nossos pacientes precisam é de escutar as palavras certas". É com essa filosofia que o hospital do Instituto Mário Pena está fazendo uma campanha nacional on-line em busca de palavras de conforto para seus pacientes com câncer.

As pessoas que sofrem de câncer frequentemente passam por momentos de angústia e desespero, uma mensagem de incentivo faz acreditar que a cura é possível, e a fé em si é o primeiro passo para a sobrevivência.

Para mandar a sua mensagem positiva de amor, esperança e força basta entrar no site da campanha ou usar os 140 caracteres do twitter, adicionando a tag #doepalavras na mensagem.

As frases serão recolhidas e expostas em TVs dentro do hospital, em áreas onde os pacientes mais precisam de incentivo, como a sala de quimioterapia. Além disso, as mensagens compiladas farão parte de um livro a ser distribuído para diversos hospitais.

Participe da campanha e doe amor e esperança para aqueles que só precisam de uma mensagem.

Fonte: EcoD

How we wrecked the ocean - Jeremy Jackson

In this bracing TED talk, coral reef ecologist Jeremy Jackson lays out the shocking state of the ocean today: overfished, overheated, polluted, with indicators that things will get much worse. Astonishing photos and stats make the case.
"How are we all going to respond to this? And we can do all sorts of things to fix it, but in the final analysis, the thing we really need to fix is ourselves. It's not about the fish; it's not about the pollution; it's not about the climate change. It's about us, and our greed and our need for growth and our inability to imagine a world which is different from the selfish world we live in today. So the question is: Will we respond to this or not? I would say that the future of life and the dignity of human beings depends on our doing that."

6 de maio de 2010

Evento discute finanças sustentáveis no cenário pós-crise

Se você mora em São Paulo ou estará lá na próxima semana, não perca este evento. 

30 de abril de 2010

Nossa Vitória: ajude a construir uma cidade mais sustentável


Repensar a cidade e propor ações capazes de promover o desenvolvimento justo e sustentável. Esse é um dos objetivos do Movimento Nossa Vitória, que será lançado oficialmente na próxima quinta (06/05) no Auditório Manoel Vereza, na UFES.

O movimento, a exemplo de outras iniciativas como o Nossa São Paulo e o Nossa São Luis, pretende constituir-se em uma força política, social e econômica capaz de comprometer a sociedade e sucessivos governos com uma agenda e um conjunto de metas, visando oferecer uma melhor qualidade de vida para todos os habitantes da cidade. 

Eu já me agendei para o evento. Espero vocês lá.
 

Serviço:
Lançamento Movimento Nossa Vitória
Quinta, 06 de maio, das 19h às 22h.  
Auditório Manoel Vereza, CCJE - UFES (próximo ao planetário)