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4 de agosto de 2014

O ser consciente passa gentileza adiante


Viver em uma megalópole como São Paulo é um grande desafio, disso ninguém duvida. Conviver com tanta gente compartilhando espaços e tempos restritos é um desafio ainda maior. Entretanto, há raros momentos de gentileza que merecem ser comentados.

A semana começou trazendo duas situações que alimentaram a minha esperança na capacidade humana de agir com consciência, visando o bem comum.

Acordei um pouco atrasada e na correria deixei escancarado o bolso da mochila, com a carteira quase pulando para fora. Peguei o ônibus cheio e ao descer no ponto, um rapaz me chamou, sorriu e avisou que a mochila estava aberta. Virei imediatamente para examinar o conteúdo e, ao contrário do que já estava esperando, nada havia sumido. Estava tudo ali, milimetricamente bagunçado, exatamente como eu havia deixado na minha pressa matinal.

Aliviada, continuei caminhando em direção à máquina para carregar o bilhete único, sem saldo para a passagem de metrô. Foi quando percebi que não tinha um único real para carregar o bendito bilhete. Tentei o cartão de débito, mas a máquina estava quebrada. Podem imaginar minha expressão de desânimo neste momento, só de pensar que teria que caminhar 20 minutos até a agência bancária mais próxima, o que certamente me atrasaria para a reunião que começaria em meia hora. De repente, surgiu um rapaz na minha frente e perguntou: está tudo bem?

Expliquei a situação e ele prontamente se ofereceu para pagar minha passagem de metrô. Eu nem precisei pedir! Claro que fiquei um tanto constrangida e meio sem ideias de como iria retribuir o favor. Tranquilamente, ele disse: eu já passei por isso e uma pessoa me ajudou, estou passando a gentileza adiante. Inspirada pela atitude, imediatamente me prontifiquei: Então, pronto! Se alguém precisar, repassarei o favor adiante. 
E ele respondeu: Faça isso!

Querido anônimo gentil, seja quem for ou de onde for, hoje você me relembrou que estamos interligados numa teia de relações e que somos todos um só. Quando faço bem ao outro, faço bem a mim mesmo.

Cada gesto conta. Boa semana!
























24 de fevereiro de 2010

O ser consciente sabe tirar um bem das consequências de um mal

Mais um artigo publicado pelo meu irmão, que dedica sua vida a serviço de Deus.

Deus e a Tragédia no Haiti
Maurício Outeiro, LC

Publicado por Cesny em 16/2/2010 (135 leituras)

Já faz uns dias que todos nos ficamos atônitos com as noticias de milhares de mortos e desabrigados com resultado do terremoto ocorrido em Haiti.

Acompanhando recentemente essa tragédia que aconteceu na ilha no inicio do ano de 2010, muitas coisas podem passar pela nossa cabeça. Uma pergunta que pode surgir é a seguinte: Por que Deus pode permitir isso?

Claro que é verdade que muitas vidas se perderam nessa horrível tragédia, e que Haiti que já era um país pobre, agora está passando por momentos bem difíceis. Se Deus que é infinitamente bom, e nos ama com um amor infinito, por que permite o mal nesse mundo?

O Catecismo disse para todos os cristãos: “Assim, com o tempo, é possível descobrir que Deus, na sua onipotente Providência, pode tirar um bem das consequências de um mal (mesmo moral)” (Catecismo da Igreja Católica nº. 312).

Se prestarmos atenção em algumas noticias nos jornais e na Internet; é incrível ver quantas almas estão se mobilizando para ajudar essas pessoas necessitadas. Não somente organizações governamentais, a Igreja também está se mobilizando através de suas instituições de ajuda.

Uma notícia interessante é de um menino inglês de sete anos, Charlie Simpson, que depois de ver as imagens do terremoto no Haiti, resolveu arrecadar fundos para o UNICEF através de um site de Internet: JustGiving.com para ajudar os flagelados no Haiti. Sua ideia foi percorrer de bicicleta um parque em Londres e pedir que patrocinassem sua causa. Sua iniciativa virou um fenômeno internacional e as doações já chegam a mais de 200 mil euros.

É fácil ver somente uma cara da moeda e esquecer que Deus atua nos corações das pessoas mesmo em momentos de dificuldades ou sofrimento; que é através do sofrimento que nós, como cristãos, encontramos o amor de Deus, em Jesus Cristo que sofreu na cruz por nós.

Não podemos esquecer que nós estamos chamados, através das nossas possibilidades, a ajudar os que sofrem imitando a Jesus Cristo. Como disse o Papa Bento XVI: “o indivíduo não pode aceitar o sofrimento do outro, se ele pessoalmente não consegue encontrar no sofrimento um sentido, um caminho de purificação e de amadurecimento, um caminho de esperança”. (Spe Salvi nº 36).

Temos que ajudar as pessoas a descobrir o verdadeiro sentido do sofrimento humano que somente tem sentido na esperança e no amor a Jesus Cristo.

Fonte: Pastoralis