O Ministério da Educação (MEC) quer mudar o currículo do ensino médio e eliminar a divisão por disciplinas. As 12 matérias atuais seriam distribuídas em quatro grandes áreas: línguas; matemática; exatas e biológicas; e humanas.
O objetivo da mudança é atrair o interesse do estudante de ensino médio, área crítica da educação. "Queremos que o aluno perceba que o conteúdo ensinado em sala de aula tem aplicação prática", disse ao G1 a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar. "Queremos que ele consiga fazer a relação, por exemplo, com o rio que passa ao lado da sua escola entre várias áreas, como geografia, física, biologia e química."
A proposta, chamada de Ensino Médio Inovador, será analisada pelo Conselho Nacional de Educação nesta terça (5). A expectativa do MEC é que seja aprovada até junho. "Ainda precisará ser discutida e provavelmente deve acontecer uma audiência pública antes de ser aprovada", afirmou a secretária.
A implantação no sistema público de ensino dependerá dos Estados, que têm autonomia para aderir ou não. "Esperamos que haja adesão já a partir do próximo ano letivo". O MEC pretende dar suporte técnico e financeiro, num valor ainda não estimado, para os governos que adotarem as mudanças.
Pelo novo sistema, os alunos terão um conteúdo básico, que inclui línguas, literatura e matemática, e as matérias focadas no seu interesse e na sua aptidão. A secretária de Educação Básica explica que, se um aluno pretender seguir a carreira de engenharia, ele verá o conteúdo de matemática mais aprofundado do que outro que planeja ir para uma área de humanas.
A proposta também vem ao encontro das alterações no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) , que terá uma divisão por quatro grandes áreas. "O vestibular tem um rebatimento sobre o ensino médio e congela a possibilidade de inovação. Com o fim das disciplinas no ensino médio e o novo Enem, pretendemos dar uma nova orientação a formação dos alunos."O MEC também propõe um aumento de 25% na carga horária (de 2.400 horas para 3.000 horas).
Fonte: GazetaOnline
1 comentários:
Excelente notícia! Já não era sem tempo de incluir a interdisciplinaridade no programa do MEC!
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