22 de março de 2014

O Ser Consciente dá seu sangue por uma boa causa!

"Esse é meu jeito de fazer revolução". É assim que Fabio Betti define sua contribuição habitual ao Hemocentro São Lucas onde vai mensalmente para doar plaquetas. Durante 1 hora e meia, ele se conecta a uma máquina que suga seu sangue, separa as plaquetas e devolve o restante.
Esse gesto já seria grande o suficiente para a maioria das pessoas, mas não para o Fábio. Dessa vez, ele resolveu ampliar a contribuição e convidou amigos para comemorar o seu aniversário "doando vida".

Foi uma festa muito animada, com tudo que tem direito. Palhaças, bolo, amigos e alegria!!

Só uma diferença entre essa festa e os aniversários comuns. O presente foi a solidariedade. Nós, amigos do Fábio, fomos convidados a participar desse dia junto com ele. Uma boa forma de reverter o quadro de falta de sangue que sempre aflige os hospitais brasileiros. 

Enquanto conversávamos sobre o assunto, Fábio comentou que gostaria de conhecer um paciente que já tenha recebido seu sangue. Nesse exato momento, a enfermeira traz a esposa de um dos pacientes, internado no hospital com câncer e já beneficiado pela atitude dele. Foi um momento de emoção que transbordou em todos nós. 

Feliz por ter aceito o convite de contribuir com a causa de Fábio, revê-lo e celebrar essa data especial, resolvi compartilhar um pouco dessa gratidão no blog, que tem o propósito de divulgar atitudes como essa de pessoas comuns que fazem a diferença no seu dia a dia. 



Uma boa dica para quem deseja celebrar novos ciclos de um jeito diferente.



E você, o que faz para mudar a realidade que tanto critica? 

Conte para nós!!!

26 de fevereiro de 2014

Encontro com o Futuro - NEF 10 anos

Fantástico o encontro dos 10 anos do NEF (Núcleo de Estudos do Futuro). Estar com pessoas iluminadas como Arnoldo de Hoyos, Ladislau Dowbor, Rosa Alegria, Lala Deheinzelin e Regina Migliori é sempre inspirador.

Frases que me tocaram ao longo da conversa:

"O futuro é o resto do tempo que a gente tem pra viver, é um território inexplorado
é um princípio de ação no presente" Rosa Alegria

"A única coisa permanente é a impermanência. A nossa diversão é fazer com que as pessoas não sintam medo dessa impermanência, pois ela pode assustar, mas de fato é uma oportunidade" Rosa Alegria

"A origem do NEF está na nossa insatisfação em ensinar apenas uma disciplina. Quando você ensina uma fatia, você não ensina as conexões" Ladislau Dowbor

"Para enxergar o que é visível mas ainda não foi visto, você precisa juntar os dados que carregam o longo prazo e começar a desenhar essa visão" Ladislau Dowbor

"Geograficamente vivemos em um mundo redondo, mas culturalmente vivemos em um mundo plano, pois só enxergamos os indicadores quantitativos, tangíveis e monetários. A economia é o fluxo não só monetário mas de todos os tipos de recurso. Enquanto os recursos tangíveis se esgotam em escassez, os intangíveis (conhecimento, cultura, criatividade, solidariedade) se multiplicam em abundância." Lala Deheinzelin

"Não basta falar de futuros desejáveis. É preciso viver um presente desejável." Lala Deheinzelin

“Toda a economia tradicional está fundada na visão de Adam Smith sobre o ser humano, ou seja, de que o homem age apenas movido por seu interesse próprio. Os estudos da neurociência revelam que o “interesse próprio” é um mecanismo processado nos núcleos da base cerebral. Porém, o que nos diferencia dos outros animais não é a base cerebral, mas sim a atividade no córtex pré-frontal, onde se processa o interesse coletivo. Portanto, nós humanos, somos estruturalmente éticos. Essa é a nossa natureza. E isso faz toda a diferença para definirmos as concepções da economia do futuro.” Regina Migliori

"Tudo que queremos buscar resume-se na palavra alinhamento. Encontrar o alinhamento interno permite nos conectarmos através de uma antena com o mundo esterno. À medida que estamos conscientes, afinamos a sintonia com esse processo, o que nos permite caminhar, fluir, entrar em flow com o universo" Arnoldo de Hoyos

"Um futuro já nos invadiu e está nos transformando" - NEF

7 de outubro de 2013

Sobre a difícil decisão de utilizar serviços públicos no Brasil

Quem me conhece sabe que há tempos venho militando a favor da ideia de que devemos usar os serviços públicos e exigir que sejam melhores. Eu realmente acredito que a melhor maneira de melhorar a nossa vida e ampliar nossa cidadania é não dar as costas para os serviços essenciais prestados pelas prefeituras e estados só porque temos recursos para pagar por substitutos particulares.

Assim, defendo a ideia de matricular nossos filhos em escolas públicas e acompanhar de perto a prestação do serviço... frequentar hospitais públicos e exigir tratamento digno e respeito no atendimento... usar transporte público e mobilizar nossa rede para melhorar o acesso e o custo deste serviço.

Mas como dizem por aí, "na prática, a teoria é outra"! No mês passado, tirei férias para escolher a escola da minha filha e, claro, incluí as escolas públicas na minha lista de opções. Embora conheça escolas de referência na minha região e tenha ido visitá-las com a mente totalmente aberta, percebi uma forte resistência das escolas públicas em prestar esclarecimentos aos pais sobre seus serviços, suas dependências, suas rotinas.

Algumas escolas públicas que pesquisei já me receberam assim: "Olha, mãe, não é possível visitar a escola! Imagina se todos os pais quiserem conhecer a escola, como é que vai ser? Vamos ter que deixar de trabalhar pra ficar o dia todo apresentando escola..." Enquanto as escolas particulares abriam as portas e respondiam as perguntas com toda gentileza e interesse, nas escolas públicas eu tive que insistir bastante para conversar com as coordenadoras pedagógicas, e praticamente não passava da sala dela... nenhuma se propôs a circular comigo nos corredores, mostrar as salas, o pátio e outras dependências. Muito menos deixar que eu visse as crianças em sua rotina diária.

Agora, me diga: como vou escolher uma dessas escolas? No escuro? Por mais ideologia e vontade que eu tenha de comprar essa batalha, é muito difícil confiar a vida escolar da minha filha nessas instituições que não parecem nem um pouco interessadas em mostrar transparência, embora sejam públicas. Será que uma mãe mais zelosa e cuidadosa não vai incomodar os professores e funcionários da escola? Incomodados, como tratarão minha filha lá dentro? Será que vou atuar como "andorinha só", tentando exigir direitos enquanto outros pais assistem novela despreocupadamente pois conseguiram uma vaga na escola mais próxima de suas casas? E mesmo que eu escolha uma delas, será que minha filha irá mesmo para esta escola, ou o cadastro único abrirá uma vaga na outra escola ao lado, que tem 1,5 ponto abaixo no IDEB?

Enfim... diante de tantas dúvidas e insegurança, só me restou mesmo ceder à pressão e optar por uma escola particular. Tentei fugir dos estereótipos e das opções mais obvias e escolhi uma escola montessoriana, sem apostilas, "sistemas" padronizados de ensino ou testes de admissão (bizarros!).
Escolhi uma escola que ofereça um pouco mais de diversidade, com vagas gratuitas a pessoas da comunidade com renda mais baixa, e que procure educar de forma mais integral.

Mas ficou uma pontinha de frustração por não ter conseguido ser firme o suficiente para atuar de acordo com o princípio de cidadania que eu mesma me comprometi... contradições entre a razão de cidadã indignada e o coração de mãe responsável. A mãe predominou na decisão. Enfim, como disse um amigo ontem, a emoção veio antes da razão.

28 de março de 2013

Kakenya Ntaiya: Uma menina que exigiu a escola


Kakenya-NtaiyaAos 13 anos, Kakenya fez um acordo com seu pai: Ela se submeteria ao tradicional rito de passagem Maassai, a circuncisão feminina, se ele a deixasse frequentar o ensino médio. 

Em mais uma inspiradora palestra do TED, Ntaiya conta sua corajosa história até chegar à faculdade, e seu trabalho junto aos anciões de sua vila, para construir uma escola para meninas na comunidade. É a jornada educacional de alguém que mudou o destino de 125 jovens mulheres. Nas palavras de Kakenya, 

"Agora, enquanto conversamos, 125 meninas jamais serão mutiladas. Cento e vinte cinco meninas não se casarão aos 12 anos. Cento e vinte cinco meninas estão criando e alcançando seus sonhos. É isto que estamos fazendo, dando oportunidades para que elas cresçam. Enquanto conversamos, mulheres não estão sendo espancadas devido as revoluções que começamos em nossa comunidade".

Assista ao vídeo legendado em Português:

8 de dezembro de 2012

Novas perspectivas de um mundo melhor

Há 3 anos, Gilbia e eu lançamos este blog na tentativa de ampliar e maximizar o poder do indivíduo comum que faz a diferença. Foram muitas histórias pesquisadas e divulgadas sobre seres humanos que buscam mudar seu dia a dia por meio de atitudes mais conscientes. O tempo passou e conseguimos ver agora o quanto esta ideia faz sentido de verdade. Cada vez mais pessoas estão buscando alterar a realidade onde vivem, com solidariedade, alegria, verdade e amor.

Nunca se viu tantos exemplos de seres conscientes atuando coletivamente, e isso nunca esteve tão em evidência. O que comprova que as mudanças podem surgir de qualquer pessoa. E a internet é o espaço aberto e democrático que permite a estes grandes exemplos de serem curtidos, replicados e reinventados.

Algumas experiências que nos inspiram e que provam as inúmeras possibilidades de mudança a partir das pessoas:

Edgard Gouveia Jr, uma pessoa comum que pretende mobilizar 2 bilhões de seres humanos em 4 anos para salvar o mundo de verdade, de um jeito rápido, divertido e de graça!

Alejandra Duque, uma pessoa comum que mobilizou milhões de norte americanos para enviar uma mensagem de esperança a gays, por meio de um documentário sobre amor, que se transformou no projeto It Gets Better.

Juracy M. da Silva, uma pessoa comum que atua como empreendedora social em Heliópolis e há 30 anos luta por melhores condições de vida para sua comunidade.

Há muito por fazer, mas existem inúmeros exemplos de pessoas que estão transformando o mundo com suas ações.

Vamos continuar apresentando diferentes perspectivas e possibilidades neste espaço que também é seu!

18 de fevereiro de 2012

Sustentabilidade na empresa

Há tempos não surgia algo na internet que me inspirasse a escrever a respeito. Recentemente, tive a boa surpresa de conhecer o site criado por Gabi Werner para compartilhar conosco as experiências bem sucedidas dos profissionais de sustentabilidade.

A primeira entrevista é com Claudia Martins, da Interfaceflor, conhecida empresa de carpetes que trouxe a sustentabilidade na prática a partir da visão de Ray Anderson, líder inspirador que criou a missão zero, uma meta audaciosa para eliminar o resíduo do processo de produção de seus carpetes.

Chama atenção a economia que a empresa obteve com sua obsessão positiva por resíduo zero, a consistência do trabalho (que já tem 15 anos) e o engajamento dos colaboradores nesta missão. Ficam ainda algumas dicas para quem deseja implantar projetos de sustentabilidade nas empresas.

Bom conteúdo e inspiração para a prática! Vale a pena conhecer o site Sustentabilidade na Empresa.

3 de outubro de 2011

Desabafo de uma senhora idosa sobre a onda de preservação do meio ambiente

Recebi este texto em um e-mail, não sei de quem é autoria, mas gostei muito e por isso quero compartilhar... vale pensar um pouco sobre quem realmente está degradando nosso planeta.

"Na fila do supermercado o caixa diz uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: “Não havia essa onda verde no meu tempo.”

O empregado respondeu: "Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente. "
"Você está certo", responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente.
Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.

Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.
Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou de ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?
(Agora que voce já leu o desabafo, envie para os seus amigos, e especial para os que têm mais de 50 anos de idade.