29 de abril de 2010

A taxa Robin Hood


Por Carolina Derivi

Se você ficou fulo da vida com a fortuna de dinheiro público destinados a salvar os bancos durante o ápice da crise financeira, vai adorar essa ideia, vinda do Reino Unido: uma pequena taxa, insignificante mesmo, alguma coisa em torno de 0,05% sobre todas as transações especulativas, como derivativos, por exemplo.

Sabe quanto dinheiro isso representaria? Segure-se na cadeira: mais de 100 bilhões de libras, uma cifra que poderia mais que dobrar dependendo do sucesso dos bancos. E esse oceano de dinheiro seria usado para financiar ações de combate a pobreza e adaptação às mudanças do clima no terceiro mundo, além da manutenção de serviços públicos essenciais no próprio Reino Unido, prejudicados pela crise.

O que me encanta na taxa Robin Wood é o percentual ser tão minúsculo, ou seja, metade de um milésimo do que circula nessas transações. É tão ínfimo que fica difícil imaginar com que cara banqueiros e investidores teriam coragem de se opor. Essa é mais ou menos a intenção do vídeo acima. Um representante deste movimento tenta vender a ideia a um banqueiro que vai se mostrando cada vez mais constrangido.


São quase 50 organizações por trás da proposta que, segundo o site oficial, já foi publicamente defendida por Gordon Brown, Angela Merkel e Nicholas Sarkozy.

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