Ser consciente é fazer algo a respeito. O que você já fez para mudar a realidade que tanto critica? Conte a sua história aqui.
27 de maio de 2009
O Ser Consciente age de acordo com o que acredita
As ações refletem as crenças e quanto maior o nível de consciência, mais insuportável se torna agir de forma incoerente a esta consciência.
Ecologizar a crença - I
Maurício Andrés Ribeiro (*)
Acreditar em algo e não o viver é desonesto
Mahatma Gandhi
Crenças existem e têm eficácia ao influir em comportamentos. Acreditemos ou não na crença a ou b , gostemos ou não, elas estão aí. Já que são um dado da realidade e que algumas tem efeitos ecológicos positivos e outras tem efeitos destrutivos, cabe fazer com que se ecologizem.Crenças funcionam para legitimar e justificar atitudes e comportamentos. “Eu acredito nisso, portanto, me comporto assim ou assado”. Agir em desacordo com a própria crença provoca desconforto, conflitos pessoais, sentimentos de culpa, dor na consciência.
Aqueles que acreditam, mas que não têm comportamentos coerentes com sua fé ou crença, sofrem de autocomplacência, perda de auto-estima e de amor próprio, por não serem fortes o suficiente para alinhar sua prática com aquilo em que acreditam. “A lacuna que separa o ideal da prática atinge a todos nós em maior ou menor extensão e deixa bem clara a diferença entre satisfação e frustração.
A felicidade pessoal está relacionada com a coerência entre o que acredito ser verdade e minhas ações.1A hipocrisia desconecta aquilo que se pensa e fala daquilo que se faz. “A teoria na prática é outra”; “faça o que eu digo e não o que eu faço” são frases populares que expressam esse tipo de atitude.Crer, acreditar, move energias e motiva para o esforço, a obra e o projeto coletivo, um mito ou sonho que se transforma em realidade: “ A fé remove montanhas”.
No seu livro A biologia da crença, Bruce Lipton explica como as células do corpo são influenciadas pelo pensamento e mostra o mecanismo pelo qual elas recebem e processam as informações. A biologia da crença estuda a relação entre a vida, o ambiente, o pensamento, as percepções e os vários níveis de consciência.
O impacto das ações de quem acredita em algo pode ser diferente dos impactos das ações de quem não acredita no que faz. Crer influi na consciência e nas ações; não crer também influi no pensamento e nas ações decorrentes. Assim, acreditar na reencarnação pode ajudar a conservar o meio ambiente, pois, no autointeresse, ele deve ter boa qualidade para ser habitado nesta e em outras vidas. Acreditar na eficácia da homeopatia ou da acupuntura ajuda a usar tratamentos alternativos e pode torná-los mais eficazes. Acreditar nas mudanças climáticas e crer que o ser humano tenha responsabilidade nelas ajuda a induzir atitudes ecologicamente responsáveis. Acreditar que comer carne é ruim para o ambiente ajuda a forjar hábitos alimentares vegetarianos. O fato de se acreditar em tais coisas e de tentar agir coerentemente com tais crenças traz resultados ecologicamente amigáveis.
Há quem prefira não acreditar nas mudanças climáticas e na responsabilidade humana sobre elas. Assim, não se sentem compromissados a mudar hábitos e estilo de vida; não se sentem culpados por um problema ecológico que tem conseqüências danosas ou negativas. O cético desobriga-se, perante sua própria consciência, de autolimitar suas atitudes predatórias; evita assim qualquer drama de consciência. O ceticismo pode significar um apego ao conforto, uma forma de comodismo e de não desejar abrir mão de hábitos.
As crenças constituem freios ecológicos que colocam limites ao comportamento humano. Pescadores deixam de sair à pesca quando um passaro específico canta ou quando uma mulher grávida entra no barco. Acreditam que isso não lhes trará boa sorte. Pessoas cuidam melhor do ambiente quando crêem na reencarnação, por um senso de auto interesse ampliado que se estende às próximas gerações e reencarnações. Trata-se da solidariedade não apenas com as próximas gerações, mas para com as próximas reencarnações.
(*) Autor de Ecologizar e de Tesouros da ÍndiaWWW.ecologizar.com.br mandrib@uol.com.br
19 de maio de 2009
Eco Reality Shows - Ampliando a consciência dos indivíduos
O Ecoprático segue uma tendência mais moderninha, são dois apresentadores descolados, que a cada semana visitam casas e apês com famílias de todos os tamanhos e estilos de vida, dando dicas de mudanças de hábitos a partir de 10 'ecocritérios', como energia, água, resíduos, bem-estar, consumo, entre outros. O programa é exibido aos domingos, a partir das 19h com reprise todas as quartas-feiras.
Já o Mudança Geral acompanha por várias semanas a vida de uma única família, os Meneghini, que são o exemplo típico da família de classe média, com hábitos bem comuns e pouquíssima informação sobre seu impacto para o planeta e para a sociedade. A diferença está na presença de consultores renomados no campo da sustentabilidade, que visitam a família trazendo orientações bem detalhadas, porém com a linguagem bastante acessível. Além disso, seguindo o formato 'global' de reality show, o telespectador também pode participar, escolhendo o desafio de cada semana para a família Meneghini.
Agora que o tema caiu na boca do povo, só nos resta torcer para que a audiência supere as expectativas e que as emissoras de TV comecem a descobrir a 'educação que vende'.
Quem sabe não está aí, na convivência do lucro com o conteúdo educativo, a resposta que precisamos para nos livrar desta avalanche de asneiras que invade a programação oferecida para as massas no Brasil, tão carentes de educação qualificada?
18 de maio de 2009
Calcule o impacto do seu estilo de vida no planeta
16 de maio de 2009
Dicas de vídeos conscientes I
Da extração até a venda, uso e descarte, toda as coisas que usamos afetam a vida de comunidades no nosso país e em outros, ainda que na maioria da vezes não saibamos disso. O vídeo The Story of Stuff (A História das Coisas), nos leva em apenas 20 minutos ao outro lado dos nosso sistema de produção e dos nosso hábitos de consumo. O filme revela as conexões entre um grande número de problemas ambientais e sociais e nos propõe a tarefa de construir um mundo mais justo e sustentável. O filme vai se ensinar algumas coisas, fazê-lo rir e mudar a forma como você olha para as coisas do seu dia à dia para sempre.
O Ser Consciente usa a criatividade para falar de coisas sérias
Hoje, as ruas de Vitória no ES forma tomadas por manifestação no mínimo inusitada contra a alta carga tributária brasileira e a má aplicação desses recursos pela administração municipal, estadual e federal. Aposto que muita gente não sabe que, ao todo, pagamos 62 tipos diferentes de impostos. Confira a lista e mais detalhes desta ação consciente na matéria abaixo.
Vitória tem carreata contra os impostos neste sábado
Foto: Luciano Gonçalves
O movimento, organizado pela Federação Capixaba de Jovens Empreendedores (Fecaje), Cindes Jovem, CDL Jovem Capixaba e Crea-JR, teve como objetivo informar aos cidadãos que, desde o dia 1º de janeiro até o dia 27 de maio, o brasileiro trabalhou somente para pagar impostos, ou seja, 148 dias trabalhados.
A Carreata do Imposto foi composta por 61 automóveis, sendo que cada um deles representava um tributo diferente e mostrou também a porcentagem que é cobrada do contribuinte. Teve, ainda, um caminhão que simbolicamente transportou toda a carga de tributos paga pelos brasileiros.
Foto: Luciano Gonçalves
Segue abaixo, a relação de tributos cobrados no Brasil:
Fonte: Folha Vitória
12 de maio de 2009
Cobertura: II Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade
Para quem, como eu, não pode ir ao II Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade, uma matéria que GIFE fez sobre o que rolou por lá.
O Prêmio Nobel de Economia (2006), Edmund Phelps, foi bem sucinto durante sua apresentação no II Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade, realizado nos últimos dias 6 e 7 de maio. Logo no início de sua fala, resumiu para uma platéia com cerca de duas mil pessoas, parafraseando o cineasta americano Woody Allen: "eu penso no futuro porque é lá que eu passarei o resto de minha vida".
Com a frase, originalmente do comediante George Burns, o economista acadêmico foi certeiro na mensagem, que poderia ser tomada como a conclusão do Fórum. O nosso futuro está intrinsecamente vinculado às atitudes que iremos tomar a partir de agora.
Embora pareça óbvia a constatação, os especialistas convidados pelo evento, alegaram durante dois dias de intensas atividades, que a mensagem ainda não está clara para a sociedade. Isto é, apesar de mais conscientizada, a população não transforma esses valores em atitudes por um mundo mais sustentável
Tal como acredita a filósofa e física, Danah Zohar, professora do Programa de Liderança Estratégica na Universidade de Oxford. Segundo ela, a sociedade precisa acordar para um novo estilo de vida, que demanda uma mudança de postura, de mentalidade. “É preciso levar as pessoas a aceitarem um novo padrão de vida, de consumo”, comentou.
Fazendo coro à colega de mesa, a Missionária oficial da Tradição Soto Shu, do Japão, Monja Coen, também reiterou a necessidade de uma transformação geral, que envolva toda a sociedade na busca pela sustentabilidade. “Não vamos lutar por esse mundo novo que aspiramos. Mas iremos construí-lo juntos”, acredita.
As respostas aos desafios da sustentabilidade devem ser buscadas em nível local, regional e global, o que é em si um desafio enorme, como frisou o representante da Unesco no Brasil e Doutor em Comunicação, Vincent Defourny.
“Em meio a crises múltiplas como as que estamos vivendo, sintomas da insustentabilidade de nosso mundo, apenas se endereçamos as questões globalmente poderemos conseguir respostas para os níveis regionais e locais, sem o que nenhum progresso será sustentável, pois hoje em dia toda resposta deve ter o tamanho do mundo”.
Como chegar lá
Para o economista Edmund Phelps, os países devem apostar em inovação.”Quanto mais inovação, melhor, pois aumenta o nível de investimento, produz emprego, estimula a criatividade”, afirmou. Isso se daria por meio de iniciativas que fomentariam as mudanças necessárias, estimuladas e financiadas por governos e pela iniciativa privada.
Um exemplo, dado pelo acadêmico, tem a ver com o sistema financeiro e a lição que se pode tirar com a crise. “Os bancos seguiram rumos que não trazem benefícios à economia. Direcionar essa ganância em benefício à sociedade, com instrumentos que encorajem uma mudança de postura; aí está a inovação.”
O economista Muhammad Yunus, prêmio Nobel da Paz de 2006 e fundador do Grameen Bank, enviou um vídeo ao evento sobre o assunto. Segundo ele, a inovação é um desafio comum aos países. “A tecnologia está em nossas mãos. Precisamos encontrar conjuntamente as ferramentas de mudanças. Mas, para isso, é fundamental que o trabalho seja norteado por benefícios coletivos e não mais pessoais, como se vê.”
Para o professor titular de economia da Unicamp e sócio da revista Carta Capital, Luiz Gonzaga Belluzzo, Phelps acertadamente defende uma maior simplicidade das idéias. Na visão dele, o desenvolvimento sustentável nada mais é que a relação saudável que temos com a natureza. Se o que se faz é nocivo, o futuro está condenado.
O consultor sênior da diretoria executiva da Vale, Claudio Frischtak, acredita que o desafio da sustentabilidade é um tanto óbvio, mas ainda não parece ter sido entendido.
Ao defender o envolvimento do setor privado na busca por transformações sociais importantes para uma cultura mais sustentável, o conselheiro considera o trabalho de empresas em três grandes pontos: a busca pelo lucro, a inovação (aquela considerada por Phelps, mais responsável) e o bem comum. “Não se trata de substituir o Estado, mas se articular às forças vivas da sociedade”, argumentou.
11 de maio de 2009
João Buracão: O Ser Consciente tem senso de humor
Parabéns Irandir! Você é um Ser Consciente!
Publicada no fantástico - dia 03/05/2009
João Buracão é a celebridade do momento no Rio de Janeiro. Recebeu convites para ir a festas, encontrou-se com artistas, teve até audiências com prefeitos.
Nascido há menos de três meses, já virou tema de quatro funks, um pagode e um folheto de cordel. Também apareceram as primeiras pretendentes: Hilda Buracão, Maria Buraquete. Só que João não fala da vida pessoal. Mas, afinal, por que tanta fama?
João Buracão é filho do borracheiro Irandir da Rocha. “Em frente ao borracheiro onde eu trabalho, tinha uma cratera muito grande”, conta ele. Irandir fez o boneco e botou no buraco. “As pessoas passaram a respeitar um pouco mais, já entravam na rua com menos velocidade e desviavam do buraco”, lembra ele.
O jornal Extra gostou da ideia e publicou a cena na primeira página. Resultado: no dia seguinte, o buraco estava fechado. E o povo começou a clamar pelo novo herói, como mostra uma gravação do Serviço de Atendimento ao Leitor do jornal. “Quero solicitar o boneco João Buracão, qual é o procedimento?”, pergunta uma leitora.
“Foi encaminhada a solicitação com a presença do João Buracão no bairro da senhora, algo mais?”, diz a atendente. Pelos cálculos da turma do Buracão, de fevereiro para cá, João foi responsável pelo fechamento de mais de dois mil buracos, porque a prefeitura vai fechar um buraco e já fecha tudo o que tem em volta, para ele não aparecer mais.
“Se as eleições fossem hoje, eu votaria no João Buracão”, comenta o aposentado Miguel de Oliveira. João chegou a ser agredido, sofreu sequestro-relâmpago, mas jamais desistiu de sua missão. “E ele vai fechar muito mais, isso é só o começo”, garante Irandir. É só o começo mesmo, porque a missão desse herói não vai ficar estrita ao Rio de Janeiro. Agora, João Buracão pega a estrada. Do Rio de Janeiro, nosso herói foi para a Bahia. Deu plantão na BR-324, perto de Salvador, onde passam 40 mil veículos por dia. No feriado, esse número dobra: 80 mil carros. “O que você vai fazer com essa buraqueira na estrada?”, pergunta um motorista.
Buracão na estrada de novo: foi para o interior de São Paulo. Ele esteve na SP-171, opção para ir de São Paulo a Paraty. “Ele vai ter muito trabalho, tem muito buraco por aqui”, observa o engenheiro Flávio Escobar. Em Minas Gerais, João Buracão visitou um trecho da BR-040. A rodovia é uma das maiores do Brasil. Por estas terras, João Buracão ainda teve que ouvir desaforo. “Ele é feio, igual ao buraco mesmo, muito feio!”, brincou um motoqueiro. No Ceará, a CE-371, que dá acesso à praia de Canoa Quebrada, virou um campo minado.
O pessoal querendo passar o feriadão num lugar tão famoso e pega uma estrada tão ruim. “Não tem autoridade para consertar esse negócio, para nós turistas podermos chegar aqui numa boa”, reclama a comerciante Marilze Brito. E lá ele não viu nada de canoa quebrada, viu foi carro quebrado. “Quem é que vai pagar meu pneu?”, quer saber o advogado Luís Antônio Batista. Infelizmente aí o João já não pode ajudar. “
João, fala! Fica só calado”, reclama uma mulher na rodovia. Ele também não é muito de falar não, mas é de fazer. Ele denunciou buracos que infernizam a vida de motoristas pelo Brasil afora. João Buracão fez sua parte. Agora, chegou a vez das autoridades.
8 de maio de 2009
O Ser Consciente não tem medo do Leão
Está é a história do Alexandre Aguiar de Dedavid, que cansado de só reclamar da declaração do Imposto de Renda, decidiu sugerir melhorias através da Ouvidoria do Ministério da Fazenda. Ele consegui estimular seus amigos a fazerem o mesmo e está recebendo através de seu blog sugestões de pessoas que queriam permanecer anônimas. Abaixo está o post de Alexandre na integra.
"Melhorias para o sistema do IRPF
Sendo assim, foi criada a seguinte lista de dúvidas e sugestões de melhorias para o software IRPF:
- Ano novo, ferramenta nova: Por que o usuário deve baixar e instalar uma ferramenta nova a cada ano? Teoricamente, o modelo lógico da declaração de IR pode ser facilmente generalizado a ponto de criar uma ferramenta única (que poderia ser apenas atualizada a cada ano. De repente via XML mesmo, ou com um pequeno complemento). O download anual traz um desperdício de recursos (tempo do usuário, banda de internet, energia elétrica, ...)
- Ferramenta online: A ferramenta poderia ser disponibilizada "online", sem a necessidade de download. Os usuários poderiam apenas salvar as suas informações na web nos próprios servidores da receita, assim a declaração poderia ser preenchida aos poucos e a base de dados estaria mais segura para o usuário do que em seu próprio computador, além do que a receita poderia ter um maior controle sob o processo de preenchimento da declaração. Existe a questão de disponibilidade dos servidores com o grande número de acessos. Isso poderia ser resolvido com janelas de tempo e prazos diferentes para intervalos de CPF (semelhante ao rodízio de placas em SP).
- Usabilidade: No preenchimento de alguns campos as informações às vezes se perdem (a não ser que o usuário troque o foco do campo antes de trocar de formulário, por exemplo). Isso também ocorre para enviar a declaração. O software emite uma mensagem informando que a "declaração será fechada", entretanto não fica claro se ela será salva ou não.
- Padronização: A cada ano, o sistema é instalado, por padrão, em diretórios diferentes: C:\Arquivos de Programas\IRPF... ou C:\Arquivos de Programas\Programas SRF\IRPF... e, no último ano, em C:\Arquivos de Programas RFB\IRPF2009. Isso confunde o usuário leigo e dificulta o processo de encontrar suas declarações dos anos anteriores;
- Sistema intuitivo: O diretório "Transmitidas", aparentemente, não possui nenhuma funcionalidade no software deste ano. Nada é armazenado ali. No entanto, quando solicitamos a impressão de recibo, o programa dispara uma janela aberta neste diretório. O usuário, então, tem que descobrir por conta própria que os recibos são arquivos .REC que ficam salvos por padrão na pasta "Gravadas". Aliás, ao entrar nesta pasta, não aparecem os recibos disponíveis ali dentro. O usuário precisa clicar no botão "Selecionar", o que não é nada intuitivo, pois aparece um quadro vazio onde deveriam aparecer os arquivos .REC para serem selecionados (houve muitas reclamações de amigos e parentes mais "leigos" com relação a este item);
- Formas de gravação: O usuário, ao fechar o aplicativo, não sabe se sua declaração foi gravada ou não. Também não fica claro por que existem duas formas de gravação: a automática e a "gravação para entrega à RFB". Por que o programa não se comporta como a maioria das aplicações, onde o usuário pode salvar seus arquivos clicando em um ícone de "disquete" ou é questionado se deseja salvar as alterações ao tentar sair do programa?
- Clássico botão de gravar: Poderia ter, no menu "Arquivo", os clássicos itens "Salvar" e "Salvar Como";
- Encapsulamento e o Receitanet: Por que existe um programa externo para enviar as declarações, o Receitanet? Por que essa funcionalidade não é encapsulada em um componente que possa ser integrado a todas as aplicações da RFB? Está aí mais um ponto que torna o processo de declaração mais penosa ao usuário leigo, tendo de baixar/instalar/operar um software adicional;
- Declarações antigas, o trabalho manual: O usuário precisa comparecer a uma unidade da RFB para solicitar declarações antigas. Uma forma de autenticação poderia ser disponibilizada para que o cidadão tivesse um canal direto com a RFB, onde poderia consultar pendências, declarações e recibos anteriores, processos administrativos, etc. Isso desoneraria os servidores públicos para que se dedicassem a outras atividades mais nobres, como processar declarações complexas ou mesmo prestar um atendimento ao público de maior qualidade, visto que só casos mais complicados teriam de ser resolvidos na presença do contribuinte.
- Funcionalidade: O usuário deve preocupar-se apenas em declarar sua renda e não em operar o software. Este deve ser o mais amigável possível, como uma espécie de gentileza pelo usuário estar prestando um serviço gratuito à Receita Federal, que é o de informá-la tudo que o Estado não foi capaz de apurar automaticamente (a tecnologia da informação, com algum esforço em médio prazo, já permitiria que fossem apuradas todas as pendências tributárias sem intervenção humana).
- Atualização para versões novas: Ao tentar fazer uma declaração retificadora após o prazo final de entrega (30/04), o usuário deve baixar e instalar uma nova versão do programa. Faz sentido isso? Além da necessidade de se instalar numa nova versão a cada ano, agora o usuário também deve instalar uma nova versão apenas para enviar a retificação. São 11MB de download! Poderia existir uma forma mais simples de atualização na própria ferramenta (como na maioria dos software existe o menu "Ajuda -> Atualizações").
- Didática do preenchimento: Poderia ser aprimorada a didática de preenchimento dos dados. Boa parte dos termos utilizados no programa são desconhecidos por pessoas de meu ciclo de relacionamento, que, teoricamente, possuímos algum nível de instrução.
Peço aos demais amigos e cidadãos responsáveis que façam sua parte encaminhando suas sugestões de melhoria e reforçando o pedido junto a Ouvidoria do Ministério da Fazenda. Vamos fazer algo de útil ao invés de simplesmente reclamar que "nada funciona" no Brasil.
Para aqueles que tem medo de "se expor" encaminhando uma mensagem ao Ministério, já que eles exigem nome completo e CPF no preenchimento da mensagem, por favor, encaminhe suas sugestões como comentário aqui no blog que eu repasso à Ouvidoria. ;)
PS: Agradeço, em especial, ao Francisco Amorim, pelas contribuições e pelo auxílio na redação deste post."
5 de maio de 2009
O Ser Consciente faz festa de aniversário surpresa
Este blog nunca foi sobre grandes feitos, mas sobre as pequenas atitudes. Sobre como uma pessoa comum, como você e eu, pode fazer a sua parte por um mundo melhor. A primeira história pessoal que eu resolvi postar aqui não podia ser mais singela: como alguns amigos e eu organizamos uma festa de aniversário surpresa para uma amiga no último final de semana.
Nossa sociedade é perita em enfatizar o egocentrismo, mas ao mesmo tempo é capaz de tratar o indivíduo como um ser tão insignificante. Quem nunca ouviu que no trabalho “ninguém é insubstituível”? Ou que nos relacionamentos a “fila anda” e “há muitos peixes no oceano”? O tempo todo nos lembram que não somos especiais, únicos.
O que você pode fazer por alguém para que esta pessoa se sinta especial e amada? Bem, às vezes basta um bolo, salgadinhos e nove pessoas gritando Feliz Aniversário. Tudo bem que na correria esquecemos da vela e das bolas de assoprar. Mas isso não importou, porque a amiga em questão, Karol, ficou com os olhos cheios de água quando viu o que nós tínhamos feito. Prova que uma coisa simples pode proporcionar a uma pessoa um momento mágico.
E você, já fez uma festa de aniversário surpresa?
Consciência animal
Está em tramitação no Senado um projeto de lei que obriga fabricantes de produtos alimentícios e de peças de vestuário a identificar, em embalagens ou etiquetas, os componentes de origem animal utilizados na confecção dos produtos, bem como se o produto em questão é testado em animais.
O senador Expedito Júnior (PR-RO), autor da proposta, argumenta que a legislação em vigor preocupa-se apenas com aspectos relevantes do ponto de vista nutricional e sanitário dos produtos, deixando de fora o detalhamento sobre itens que podem afetar a decisão dos consumidores. “Entendemos que é direito do consumidor a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidades, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem, o que já está presente no código de defesa do consumidor.”
O projeto de lei coloca o veganismo em pauta no Senado. Os veganos não consomem qualquer produto de origem animal (de origem alimentar ou não alimentar), nem usam produtos que tenham sido testados em animais. Entretanto, a idéia da proposta não é obrigar as pessoas a adotarem o veganismo, mas sim terem mais informações sobre o que estão comprando e consumindo.
Se você concorda com a proposta, visite o site e assine o abaixo-assinado.
Dica da nossa correspondente internacional Melissa
Questão de fé: reaprender a confiar no outro
Pensar a crise de civilização que estamos vivendo implica refletir sobre que significado tem a vida humana e a vida da Natureza no tempo contemporâneo.
De fato, o encantamento diante da vida ao senti-la em toda a sua diversidade biológica, saber-se capaz de sentir sentindo, consciente de sua existência e da existência do outro, capaz de agir, livremente, foi o começo de tudo, da vida humana. A vida humana, portanto, em sua gênese, fundamentou-se no relacionamento dinâmico do homem com a Natureza e dos homens entre si.
Esta existência relacional é produtora de cultura, na qual o homem, nela integrado, sobre ela influi e dela depende. Simultaneamente é filho e pai da cultura na qual está inserido. Portanto, em cada manifestação de sua vida, o homem traz consigo uma constante abertura ao mistério da vida e o seu desejo inexaurível de conhecimento. Em conseqüência, cada cultura traz gravada em si mesma e deixa transparecer a tensão para uma plenitude. Quando as culturas estão profundamente radicadas na natureza humana contêm em si mesmas a capacidade da abertura, própria do ser humano, ao universal e à transcendência. As culturas alimentam-se da comunicação de valores e a sua vitalidade depende da sua capacidade de permanecerem abertas para acolher a novidade (João Paulo II, 1998) .
Ao mesmo tempo, como nos lembra o professor Carlos Rodrigues Brandão (2007), a cultura pode ser um instrumento de dominação e de poder ou de libertação e comunhão. O destino universal da cultura deve encarnar-se em condições históricas concretas que permitam a comunicação real dos seres humanos pelos quais e para os quais ela é produzida: somente desta forma a cultura é autêntica. A experiência humana da cultura é e está contida nos atos e fatos, nos gestos e nos feitos, dotados de simbologia e de significados, com que nos criamos e criamos o mundo. Gestos realizados em situações interativas de troca e reciprocidade, gerados e geradores das diferentes dimensões da vida social. Gestos interativos através dos quais continuamente transformamos coletividades orgânicas em comunidades sociais.
Entretanto, a pessoa que nasceu integrada em sua cultura, em suas tradições, com o crescimento e amadurecimento pessoal, poderá vir a questionar verdades aprendidas por meio de um rigoroso exercício crítico próprio do seu pensamento, mesmo se ao questionar as verdades de seu grupo possa vir a reintegrá-las em sua vida. Todavia, apesar desse exercício de especulação racional, constata-se que são muito mais numerosas na vida de uma pessoa a verdades acreditadas do que aquelas adquiridas por verificação pessoal.
Cada um, quando crê, confia nos conhecimentos adquiridos por outras pessoas - pai, mãe, mestres, amigos, amigas –, e o ato de confiar no outro lhe dá segurança. Ao acreditar, você confia na verdade que o outro expressa. A capacidade e a decisão de confiar o próprio ser e a existência a outra pessoa constituem um dos atos antropologicamente mais significativos e expressivos. Dito de outra forma, a impossibilidade de confiar em alguém gera no ser humano uma insegurança existencial ontológica, desumanizando-o, coisificando-o. Todo e qualquer sistema político-econômico que não alimente e impossibilite a realização da confiança mútua, nos diversos níveis da vida humana, é um sistema desumanizador.
Exemplos de confiança seriam muitos os que poderíamos relatar, basta pensar na vida matrimonial onde homem e mulher deixam seus núcleos familiares de origem para entregarem-se um ao outro, na aventura da construção recíproca. Mas um dos relatos históricos clássicos são os exemplos dos mártires, que superaram o medo da morte entregando o bem mais precioso que possuíam – a própria vida - por confiarem plenamente na verdade da qual um outro lhes comunicou. Eles tiveram certamente uma confirmação pessoal interior, vivenciada e refletida no seu dia a dia, que nada nem ninguém lhes podia arrancar. Supõe-se, claramente, sempre uma elaboração e uma síntese que passa pela própria pessoa em suas opções existenciais. Donde podemos concluir que a pessoa que busca a verdade, busca ao mesmo tempo uma pessoa em que possa confiar.
Se pensarmos o contexto cultural onde vivemos e perguntarmo-nos se este nos impulsiona a desenvolver a busca da verdade e a busca de relacionamentos estáveis de confiança mútua, verificaremos que a matriz antropológica da Modernidade está fundamentada no egoísmo individualista, de base material. Para essa escola de pensamento, o homem é essencialmente um ser egoísta que procura maximizar os seus ganhos pessoais nos relacionamentos que estabelece com outros homens e com a Natureza. Assim, o outro deixa de ser um alguém com que posso me relacionar, para ser um meio para se obter uma vantagem. O outro deixa de ser sujeito e é transformado em objeto.
Essa visão instrumental expressa-se numa razão utilitária voltada para o prazer e poder individual nos diversos campos da vida humana: econômico, político, social, religioso, familiar. Como afirmou Amartya Sen (2000), o cálculo utilitarista não leva em consideração desigualdades na distribuição da felicidade (importa apenas a soma total, independentemente do quanto sua distribuição seja desigual), apresentando forte descaso com direitos, liberdades e outras considerações desvinculadas da utilidade.
Atualmente, a combinação de novos arranjos técnicos, implicando uma brusca mudança nos processos de produção econômica, com uma nova forma de pensar e perceber politicamente o tempo e o espaço mundial pelo pensamento dominante, gerou um novo momento na história da humanidade: a globalização hegemônica. Ela não é apenas a existência desse novo sistema de técnicas, é também a emergência de um mercado dito global, responsável pelo essencial dos processos políticos atualmente eficazes, com a existência de um motor único na história, representado pela mais-valia globalizada, resultando numa globalização perversa. Isso poderia ser diferente se o seu uso político-cultural fosse outro. E esse parece ser o debate central.
Será possível voltarmos a confiar no outro tendo como base filosófica e material um tipo de produção social na qual o egoísmo está presente como elemento estrutural de sistema?
Será possível pensar uma nova forma de organização sócio-econômica global que tenha em sua estrutura dinâmica a solidariedade e a reciprocidade humanas?
A que tipos de conhecimento precisaríamos recorrer, que não apenas o cientificismo moderno, para reaprender a confiar uns nos outros?
Essas perguntas e a urgente reflexão sobre elas parecem estar na ordem do dia da humanidade, na medida em que a crise econômica e ecológica globais aumentam a cada momento. Quem sabe consigamos, ao revisitar outras formas de conhecimento, tais como o aprendizado com experiência do dia a dia e o conhecimento religioso mais amadurecido ao longo da história, construir um novo caminho de volta para a Casa Materna.
Aexandre Aragão
MEC que trazer mais multidisciplinaridade ao Ensino Médio brasileiro
O Ministério da Educação (MEC) quer mudar o currículo do ensino médio e eliminar a divisão por disciplinas. As 12 matérias atuais seriam distribuídas em quatro grandes áreas: línguas; matemática; exatas e biológicas; e humanas.
O Ser Consciente é um robozinho
Manifesto do Ser Consciente
O Ser Consciente compreende a consciência como a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente.
O Ser Consciente vive na incessante busca para trazer consciência a seus pensamentos, palavras e ações, pois entende as conseqüências de pensar, falar e agir.
O Ser Consciente sente-se responsável por fazer do mundo um lugar melhor para se viver.
O Ser Consciente sabe que, ao concordar, apoiar ou não se manifestar a respeito de atos praticados pelos seres ao seu redor, torna-se igualmente responsável por estes atos. E a sua consciência, de tão poderosa, torna-se uma chamado para a ação.
Por isso, o Ser Consciente não classifica os problemas como ‘meus’, ‘seus’, ou ‘dos outros’. O Ser Consciente participa da solução, mesmo que não seja ‘dono’ do problema.
O Ser Consciente não espera, Age. Agora. Já. Mesmo que a solução não seja a melhor. Mesmo que não seja a mais perfeita. Mesmo que o resultado seja mínimo. Age simplesmente para acalmar a voz da SUA CONSCIÊNCIA.
O objetivo deste blog é divulgar atos conscientes. Atitudes tomadas por pessoas comuns que assumiram que “o problema também era delas” e fizeram algo a respeito.
Se você tem uma história para contar ou conhece a história de alguém, colabore.
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