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mas com nós mesmos e com nossos sentimentos mais elevados, para que possamos contruir juntos uma grande comunidade global mais solidária e inclusiva. E mais consciente.
Ser consciente é fazer algo a respeito. O que você já fez para mudar a realidade que tanto critica? Conte a sua história aqui.
Em outubro, eles criaram uma campanha pelo site Twitter, em que pediam aos seus leitores que, neste Natal, doassem exemplares para comunidades pobres.
O que começou com apenas 140 caracteres (espaço permitido para cada mensagem) foi parar em uma das maiores livrarias do país. A livraria Cultura colocou em todos os livros vendidos em São Paulo, Campinas e Porto Alegre um cartão-postal, pedindo que os compradores participassem da campanha.
A ideia começou com Heber, que, de forma despretensiosa, sugeriu em seu Twitter o presente a seus leitores. Laura, professora de Química em Minas Gerais, leu e gostou da ideia. Procurou, então, o apoio do Ministério da Educação e do Conselho de Secretários Estaduais de Educação. Ganhou pontos de doação em todos os estados.
Goldfarb, curador há 19 anos do Prêmio Jabuti e professor da PUC-SP, seguiu na mesma direção. Com experiência em campanhas de arrecadação de livros, foi atrás de empresas que quisessem participar da iniciativa.
Desde que deixou o mundo virtual, a campanha "Doe um livro no Natal"" já arrecadou 78 mil livros de literatura - didáticos não são aceitos.
A meta do grupo é chegar aos 100 mil livros até o dia 23. Depois, a campanha continuará apenas nas unidades da Droga Raia, até 20 de janeiro.
Os livros recebidos serão entregues a bibliotecas públicas, dentro e fora das escolas. Os organizadores esperam presentear entre 300 e 500 salas de leitura, que podem atingir até 500 mil jovens. "Queremos encher as bibliotecas de literatura para que os jovens adquiram o hábito da leitura por prazer"", diz Goldfarb.
Fonte: Gazeta do Povo - PR 21/12Me deparei com um software muito interessante que, além de fazer economizar nas impressões e abraçar a causa “verde”, é muito útil.
O programa orienta o usuário a gastar menos papel na hora da impressão. Uma situação comum é sair aquela última página apenas com uma ou duas linhas e acabar indo pro lixo. Ou então, pior: ao imprimir no Excel, por exemplo, saem várias páginas com pedaços da sua planilha e nada se aproveita, seja porque esquecemos de ajustar a área de impressão ou de dar uma pré-visualizada pra ver como ia sair. Em resumo, desperdício atrás de desperdício!
E não só de papel, de tempo, também. Agora imagine esses casos multiplicados diversas vezes por dia e em todo o mundo. Quando começamos a fazer as contas: tantas pessoas em casa mais tantas empresas com tantos funcionários… parecem assustadores os números de papéis jogados fora por inobservância de detalhes de configuração.
Então, para tentar dar um basta ou, ao menos, reduzir significativamente essa condição agressiva à natureza, o fabricante GreenPrint Technologies criou um software capaz de identificar essas situações desastrosas e corrigi-las. Com o GreenPrint World esses casos corriqueiros tendem a ser coisa do passado. E a natureza agradece.
Como funciona?
O programa se instala como uma espécie de impressora virtual, bem semelhante àqueles programas que geram PDF. Na hora que você mandar imprimir pela impressora criada pelo GreenPrint World, se ele notar que uma página vai ficar com pouquíssimas linhas, faz o alerta: mostra em vermelho quantas e quais páginas são potenciais desperdícios. Porém, deixa a seu critério imprimir tudo ou descartar o apontado como desnecessário, apesar de -por padrão- considerar a impressão sem perdas. Outra opção é imprimir para um arquivo PDF ou enviar o PDF por e-mail. Dessa forma, economiza-se -mesmo- 100% de papel.
E ainda, se você desejar participar do envio, anônimo, das suas estatísticas de impressão, elas vão alimentar o contador de emissão evitada de CO2 e de páginas e árvores economizadas globalmente por todos aqueles que já baixaram e estão fazendo uso do utilitário. Até o momento da publicação deste post, evitou-se o desperdício de aproximadamente 5,7 milhões de páginas; 1,9 mil toneladas de CO2 e 686 árvores foram poupadas da ceifa.
Fica aí a dica para reduzir os gastos e proteger o meio ambiente ao mesmo tempo! Lembrando que a versão World do software é gratuita: baixe agora.
A product-service system is a simple concept. It basically refers to the rental system models we have today (car rentals, tool rentals, etc.); meaning that a customer pays for the use or function of an item, rather than buying the item, itself. However, taken a step further, as a man named Walter Stahel has done, it becomes a full-fledged economy based on service and function of products rather than ownership. He has dubbed it the “functional-service economy”.
What are the benefits of a functional-service economy?
The current system in the Western developed nations of the world can be described as a “throw-away system” wherein the great majority of the things we purchase everyday (including the packaging) is simply thrown away within a very short time span (6 months to a year). This, of course, points to a huge flaw in our production-consumption system; the fact that it’s a linear, through-put system. On one end, we are extracting natural resources, on the other we are simply dumping the resulting waste into landfills or burning it. (Not to mention all of the pollution and waste created throughout the production, processing, transportation and use phases of the products). Looking at the entire “life” of the products we use is called a life-cycle perspective and it is a very necessary way of looking at our system if we want to improve it and find pathways to sustainability. When Walter Stahel looked at the status quo with a life-cycle perspective, he saw just how linear it was and he also saw the places where there are opportunities to create loops. For instance, reusing packaging materials. After a customer used the product s/he’s rented, they bring the product back in the same packaging. No waste. The product is reused and maintained and loaned out to other customers. When a product no longer functions, the parts are reused in other products. The economy functions based on payment for services. It uses the 3 Rs in the right order.
There are obviously many barriers to implementing such an economic model. For instance, there are some strong emotional and psychological ties in modern cultures to ownership. It has become ingrained in our personal sense of identity in many cases. In fact, entire associations are formed around the common experience of owning a particular thing (eg- a certain make of car). There is also not any existing infrastructure to support the functional-service economy in most places. And there are numerous other challenges to realizing this idea. However, it is obvious that we are in great need of a paradigm shift and any such shift will doubtlessly entail great obstacles. It’s just a matter of setting course and finding ways of steering around them.
In a world with a growing population and dwindling resources, we cannot afford to waste, especially not at the current pace. We need innovative solutions and we need to put them into practice. My hat off to Walter Stahel, for developing such a brilliant idea! And now it’s up to us, as consumers, as citizens and as educated professionals, to make the changes happen in reality.
For more information, see:
http://www.unep.fr/scp/design/
http://www.indigodev.com/
http://www.lumes.lu.se/
Tomorrow, Oct. 21, is Love Your Body Day, sponsored by the National Organization for Women (NOW) Foundation. On this day, NOW wants us all to fight back against images in the media that make us feel bad about our bodies. Instead, we should demand images of real people, of all shapes, colors and ages. And to celebrate our bodies, NOW suggests activities like indulgence parties (a night to wear sweats and eat decadent food without guilt), staging “real women” beauty pageants and watching movies with strong female characters.
Now, I love to watch “Sisterhood of the Traveling Pants” as much as the next person, but I wish some of NOW’s tips were a bit more practical for actually improving body image. For example, this page suggests canceling magazine subscriptions as soon as offensive ads are run and boycotting shoe manufacturers that dare to make high heels that ruin our feet. For most people, these tips aren’t realistic. While we should speak out against those images that really do offend us, and opt out of things that don’t make us comfortable, like high heels or make-up, most women want a happy medium, in which they feel good about their body while wearing cute, if slightly impractical, shoes. I mean, the models on “Project Runway” are very skinny, but I’m certainly not going to stop watching the show.
So in honor of Love Your Body Day, I found some tips for how to improve body image on a personal level (no boycotting of shoe manufacturers required). A few of them may sound like simple clichés, but sometimes the easiest way is best.
What do you guys think? How do you maintain a good body image in this crazy world of ours?
From: HowStuffWorks
Fonte:Sustainabilityforum.com
Serious problems sometimes require innovative solutions. More and more, western food consumption habits are becoming a serious environmental problem. I was keen to hear some of the (not always serious) solutions offered at a workshop run by the Sustainable Consumption Institute (Manchester University). What can we do to make sure people eat healthier and less meat (the latter being a huge problem in terms of gas emission and devouring much of our water and land resources)?
Sustainable food = use of less finite resources in food production, emit less greenhouse gases (environmental), treat those in food chain better (social), make money for further investment (economic).
The workshop started with a breathtaking presentation on sustainable food policy by Professor Tim Lang. Apart from being the world's only professor of food policy (City University), I learned, Tim Lang is also the Natural Resources and Land Use Commissioner within the UK Government's Sustainable Development Commission. He fears that many governments and businesses believe that sustainability means merely to reduce carbon emissions. This is complete rubbish, as Tim pointed out. Sustainability is about much more. It is the conviction that only when ecological, social and economic principles work hand in hand, lasting success will be achieved. He also outlined how slow public institutions are in analyzing the effect of meat consumption or any other food policy issue in the UK. Sometimes it would take years for think tanks or government to come up with the right methodology for their research. Even the European Commission would generally keep very silent about ecological food policy. So, who is in charge – government, companies or consumers? "I will if you will". We are trapped. What can we do?
Eat less meat.
Following up on Tim Lang, Dr Unni Kjaernes from the National Institute for Consumer Research in Oslo, Norway, raised the so important question: "Should we eat meat in the future?" Neo-liberals would probably say yes and advocate for technocratic fixes to the meat production system. After all, animals could be bread that fart less (no joke, that is a big issue as those gases go right into the atmosphere). However, Unni fears that modernization (new farming methods, new "production" technology etc.) would only augment demand for meat and hardly reduce it (rebound effect). On the other side, the state could step in and control meat production through regulations, quota, taxes etc. That might help to reduce meat consumption (or make the black market expand...). Just, who would vote for a party, which advocates for unpopular tax and meat restriction? Unni finished her presentation saying that there is no obvious solution to the problem of excessive meat consumption (and its consequences to the environment), although some promising development is taking place in terms of consumer awareness and strategic consumption.
After a short coffee break that I used to digest some of the theory confronted with, Professor Jukka Gronow (Uppsala University), Dr Johanna Mäkelä (National Consumer Research Centre, Finland), Professor Elizabeth Shove (Lancaster University), Dr Dale Southerton (Manchester Uni) and Professor Alan Warde (Manchester Uni) went on to present some innovative ideas for reducing meat consumption on a practical level. Proposals went from subsidizing Italian restaurants in the UK (Mediterranean cuisine is healthy!) to abolishing the main plate (as it is usually meat) and fostering urban gardening + community eating-places. The winning idea came from Dale, who suggested only refunding people's lunch expenses (particularly in the public sector), if they went to a green-labelled restaurant or shop! To his horror, Dale then learned from Tim that such initiatives were already under way.
Conclusion: Excessive meat consumption does not only harm your personal health but society as a whole. There is no easy solution in sight to change people's behaviour (political parties will not) but increasing awareness is there. Strategic consumption, consumer choice. And: Don't forget to ask your favourite Italian restaurant for an extra bowl of soup next time you're there!
Sustainable Consumption Institute: http://www.sci.manchester.ac.
No Brasil, cerca de 1,5 milhão de sacolas são utilizadas por hora no Brasil. Ou seja, 36 milhões por dia. Essas sacolas causam são extremamente prejudiciais para o meio ambiente:
Estão amanhã, nada de usar sacolas plásticas. Coloque sua sacola retornável na bolsa ou mochila amanhã. Vamos evitar que o nosso planeta "vá pro saco".
Já não restam dúvidas científicas de que o desenvolvimento sustentável é o único modelo capaz de evitar a degradação em velocidade geométrica das condições de vida e a inevitável extinção de várias espécies da flora e da fauna do planeta, entre as quais a do Homo Sapiens, isto é: eu, você e nossos descendentes. Desconfie daqueles que se ocultam atrás de frases como “a ciência mesmo tem dúvidas sobre…” eles procuram apenas um escudo para esconder sua inércia, preguiça ou covardia.
Sabemos que para buscar a sustentabilidade, uma pessoa ou uma organização deve adotar como padrão de comportamento ou gestão a atuação ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável - o triple bottom line, conceito formulado pelo britânico John Elkington. Sabemos também que a busca pela sustentabilidade é uma caminhada que deve ser trilhada com início urgente e imediato.
Então o que faz uma pessoa, um cidadão, mobilizar-se pelo assunto ou uma empresa adotar a sustentabilidade no universo corporativo? Não sou um grande pensador, mas entendo que fundamentalmente a diferença está numa qualidade humana chamada Generosidade – e que a Generosidade é o quarto elemento do triple bottom line.
Generosidade é a qualidade do que é generoso, pródigo, do que perdoa facilmente, nobre, leal; a virtude de quem acrescenta algo ao próximo. Generosas são as pessoas que se sentem bem em dividir algo com outras pessoas porque isso as fará bem (em um contexto egocêntrico), tanto quanto àquelas pessoas que dividem bens tangíveis ou intangíveis com outros, sem a necessidade de receber algo em troca. É o contrário da Ganância. E isto se aplica quase que literalmente para organizações, porque por trás delas sempre estão gestores humanos.
No livro “Princípios de Filosofia” René Descartes apresenta a generosidade como “uma despertadora do real valor do Eu” e ao mesmo tempo uma mediadora para que “a vontade se disponha a aceitar o concurso do entendimento”. É filosófico, sim, mas é simples: a generosidade é uma qualidade de quem coloca os interesses de terceiros no mesmo plano dos seus interesses pessoais, para resolver um problema ou dilema que atinge a todos, que busca o entendimento. Não é exatamente disto que uma sociedade sustentável necessita?
No campo do Direito isto se chama “interesses difusos” – e como sabemos os interesses difusos - aqueles de interesse do conjunto da sociedade - são constitucionalmente inalienáveis. Trocando em miúdos, a Generosidade deveria ser um dos fundamentos da sociedade brasileira, explícito até mesmo pela Constituição. E a Ganância, o oposto da Generosidade, deveria ser execrada porque ofende direitos constitucionais coletivos.
No mundo corporativo a Generosidade pode ser traduzida como uma forma de altruísmo – e esta é a razão porque poucas empresas realmente adotam a sustentabilidade no processo de gestão: altruísmo não combina com capitalismo selvagem, com a famosa “lei de Gerson”, aquela de que se deve levar vantagem em tudo. No mundo corporativo Generosidade significa uma empresa ser menos gananciosa, tomar a decisão de reduzir sua margem de lucro ou aumentar em alguns meses o prazo de retorno de um investimento para ser ambientalmente correta e socialmente justa – sem deixar de ser economicamente viável.
Significa ter coragem para contrariar práticas de gestão, regras de mercado, de design de produtos e de formas de concorrência estabelecidas por força de um modelo de crescimento a qualquer custo que já se demonstrou completamente inviável do ponto de vista dos recursos naturais e da felicidade humana.
A Generosidade é o que diferencia uma empresa que adota critérios de Sustentabilidade em seu modelo de gestão daquela outra que diz adotar tal prática, mas desliza na superficialidade praticando o greenwashing.
Generosidade corporativa significa também compartilhar gratuitamente seu aprendizado, seu conhecimento, suas patentes, sua força e seus recursos em nome dos interesses que ultrapassam os limites da empresa. O jornalista Dal Marcondes, da Envolverde, costuma dizer que filantropia é dar um peixe a quem tem fome, responsabilidade social é ensinar a pescar, e sustentabilidade é preservar o rio. Pois no contexto da Generosidade corporativa este compartilhamento é estar na nascente do rio e compreender a importância de seu fluxo e entorno desde a foz. É perceber o que de fato importa para a perpetuação dos peixes.
Generosidade corporativa é perceber o problema das emissões de gases do efeito estufa como um assunto de interesse coletivo – e ir além de simples metas de redução.
Generosidade corporativa é compreender que não basta fazer o seu papel, é preciso mobilizar seus parceiros de negócios – e para isso se faz necessário ceder em aspectos antes inegociáveis.
Mas a Generosidade corporativa também oferece vantagens e oportunidades de negócios. Alguns exemplos, já clássicos:
"...mas a tal Sustentabilidade, palavra da moda, precisa exatamente disso: de uma visão mais abrangente – que vai gerar alguma reflexão e muito aprendizado."
Numa conversa com um engenheiro de uma fábrica de bombas, mísseis e explosivos foi perguntado se o sujeito tinha algum tipo de culpa pelo que produzia. A resposta veio com um tiro de fuzil: “Não tenho culpa de nada. Aqui eu só faço a colocação do detonador. Nem sei quanto de explosivo existe nesse artefato. Também não sou eu quem jogará essa bomba em cima dos outros”.O exemplo acima ilustra bem o que significa ter uma visão fragmentada do mundo e da vida. Diferentemente de uma visão sistêmica – que considera o conjunto, o todo e a teia de conexões e interdependências de qualquer atividade humana. E que é fundamental para a sobrevivência atual de nossa espécie na terra.
Mas de onde surge essa visão estanque? Acredito que vivemos sob a influência de dois modelos de pensamento que não somente nos trouxeram o crescimento industrial e a fartura de produtos como automóveis, geladeiras, computadores e ogivas nucleares. Mas que também trouxeram, por conseqüência, os engarrafamentos, a queima de combustível fóssil e a poluição do ar, o desperdício de energia, a guerra moderna e seu poderio militar destrutivo como nunca se viu na história humana.
Falo sobre o pensamento de Descartes e de Newton. Pensadores geniais que transformaram o mundo pela força de suas idéias. Mas que estavam apenas parcialmente certos. Explico: quando se determina que a verdade é tudo aquilo que a razão pode explicar, privilegia-se o mental, racional, matemático e deixa-se de lado outras visões da verdade como os costumes, a cultura, a emoção, a espiritualidade (não de uma religião, mas de uma crença maior nos mistérios da vida). Ou seja, produz-se um modelo onde só a razão e a mente valem.
Ou seja, ao explicarmos a vida e o universo a partir de uma visão mecanicista, onde o mundo funcionaria como um grande relógio, passamos a perceber a dinâmica da vida como um conjunto de peças dentro de ritmos determinados pelo tempo e pelo movimento. Peças perfeitamente controláveis. Um modelo mental que acabou classificando homens e mulheres como “recursos” e dessa forma plenamente substituíveis ou trocáveis, assim como peças de uma máquina – muito bem retratada na genialidade de Charles Chaplin no filme “Tempos Modernos”.
E mais ainda. Um modelo que deixou de perceber que a industrialização e o crescimento contínuo de negócios não consideravam há até poucos anos, os impactos desse crescimento sobre ecossistemas variados. Uma visão – fragmentada – que deixava a natureza do lado de fora das fábricas, desconsiderando o valor do que podemos chamar hoje de capital natural. E pior: na sua prepotência em traçar metas e objetivos, acreditou que através de um controle feito pelas planilhas matemáticas poderia comandar e controlar tudo. Inclusive a vida.
Ora, quem consegue controlar a vida? Ainda não existem respostas para isso. Assim, tanto Newton quanto Descartes descobriram uma apenas uma parte da verdade do mundo. E hoje, precisamos acrescentar, incluir, considerar, perceber outras dimensões desse gigantesco mistério chamado vida. Nosso futuro depende dessa visão sistêmica.
A partir disso, desta visão holística, do todo que nos une e nos insere numa teia universal, poderemos entender que nossos atos, dos mais simples aos mais complexos podem afetar nossos rumos, podem afetar nosso futuro. É um desafio muito grande começar a mergulhar nessas dimensões. Mas a tal sustentabilidade, palavra da moda, precisa exatamente disso: de uma visão mais abrangente – que vai gerar alguma reflexão e muito aprendizado. Por tabela (Ops, olha o racional aí!), novos processos, novos jeitos de fazer, de organizar. Vai gerar inovação. Mudança.
E vai fazer também que aquele engenheiro lá na fábrica de bombas não tenha a desculpa perfeita de dizer que ele só é responsável por uma pequena parte do trabalho. Que não faz mal a ninguém na sua rotina de instalação de pequenos detonares dentro de pequenos ou grandes mísseis. Aliás, quem sabe num futuro não tenhamos mais este tipo de negócio? Indústria de armas, complexos militares.
Afinal, numa visão maior vamos nos descobrir não sujeitos desconhecidos, estrangeiros ou intrusos, mas membros de uma só família que habita o mesmo endereço residencial: a Terra.
* Luis Antônio Gaulia é especialista em Comunicação Empresarial e Comunicação para a Sustentabilidade.
(Envolverde/Revista Plurale)
Por Giampiero Martinotti, do La Repubblica
* Publicada no jornal La Repubblica, 12-09-2009. Tradução de Moisés Sbardelotto.
Do The Evolution | |
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Woo... | Eu estou a frente |
I'm ahead, I'm a man | Eu sou o homem |
I'm the first mammal to wear pants, yeah | Eu sou o primeiro mamífero a usar calças |
I'm at peace with my lust | Eu estou em paz com minha luxúria |
I can kill 'cause in God I trust, yeah | Eu posso matar pois em Deus eu confio, yeah |
It's evolution, baby | É a evolução, baby |
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I'm at peace, I'm the man | Eu sou uma besta |
Buying stocks on the day of the crash | Eu sou o homem |
On the loose, I'm a truck | Comprando ações no dia da quebra, yeah |
All the rolling hills, I'll flatten 'em out, yeah | No frouxo, eu sou um caminhão |
It's herd behavior, uh huh | Todas as colinas rolantes, eu irei aplanar todas elas, yeah |
It's evolution, baby | É comportamento de rebanho, uh huh |
| É a evolução baby |
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Admire me, admire my home | Me admire, admire meu lar |
Admire my son, he's my clone | Admire meu filho, ele é meu clone |
Yeah, yeah, yeah, yeah | Yeah yeah, yeah yeah |
This land is mine, this land is free | Esta terra é minha, esta terra é livre |
I'll do what I want but irresponsibly | Eu faço o que eu quiser, irresponsavelmente |
It's evolution, baby | É a evolução, baby |
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I'm a thief, I'm a liar | Eu sou um ladrão |
There's my church, I sing in the choir | Eu sou um mentiroso |
(hallelujah, hallelujah) | Esta é minha igreja, eu canto no coro |
| Aleluia, Aleluia |
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Admire me, admire my home | Me admire, admire meu lar |
Admire my son, admire my clothes | Admire minha música, aqui estão minhas roupas |
'Cause we know, appetite for a nightly feast | Porque nós conhecemos |
Those ignorant Indians got nothin' on me | Apetite por banquete noturno |
Nothin', why? | Esses índios ignorantes não tem nada comigo |
Because... it's evolution, baby! | Nada, por que? |
| Porque é a evolução, baby! |
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I am ahead, I am advanced | Eu estou a frente, |
I am the first mammal to make plans, yeah | Eu sou avançado, |
I crawled the earth, but now I'm higher | Eu sou o primeiro mamífero a fazer planos, yeah |
2010, watch it go to fire | Eu rastejei pela terra, mas agora eu estou alto |
It's evolution, baby | 2010, assista isso ir para o fogo |
It's evolution, baby | É a evolução, baby! |
Do the evolution | É a evolução, baby! |
Come on, come on, come on | Faça a evolução |
| Venha |
| Venha, venha |
Por Eduardo Sabino*
O mundo da imagem está soterrado de ações “para inglês ver”. Lembremos das origens da expressão. A Inglaterra pressionava o Brasil para a abolição da escravatura - o interesse dela era formar, com base nos negros recém-libertos, uma massa de consumidores para os seus produtos -, e a Corte Portuguesa tomou várias medidas para mostrar aos ingleses que o Brasil iniciara um processo de emancipação dos escravos. Uma delas: Lei do Sexagenário, em 1885. Os escravos que chegassem aos 60 anos estariam livres. Marketing social fajuto, raramente algum escravo alcançava seis décadas, em regime de trabalho forçado, entremeado por confrontos com feitores e chibatadas.
Numa terra onde os senhores do engenho sustentavam o Império, permitir o fim da escravidão seria ferir a base econômica do País e decretar, finalmente, a República. A proximidade de datas não foi uma coincidência: em 1888, a abolição da escravatura, 1889, a república proclamada. Todos os negros, desde então, tornaram-se livres para se refugiar em favelas, libertos para vender a própria força de trabalho em troca de ninharias. Às vésperas dessa “revolução”, os pequenos atos do governo apontaram, ironicamente, para uma direção contrária à mudança. Esta é a lição das “atitudes” para inglês ver: aparentar preocupação com os grandes problemas da sociedade é contribuir, de fato, com a manutenção das coisas como elas são.
Na contemporaneidade, a liberdade dos atuais cativos está inteiramente ligada à sua capacidade de entender os jogos comunicativos do mundo globalizado, ou seja, migrar da informação para a técnica, talvez até para o conhecimento, buscando-os em fontes confiáveis.
Vivemos em uma rede que se proclamou Sociedade do Conhecimento, mas que não consegue distinguir as ações efetivas dos truques circenses. Há informação demais, certamente, em diversas mídias, mas como ter certeza da transparência e neutralidade de nossas fontes? Até que ponto as supostas soluções para os grandes problemas de nossa civilização, e que ganham força ao serem comunicadas, não são medidas para inglês ver?
Entre as atitudes das organizações e das pessoas, temos aquelas que as tornam responsáveis para com o mundo à sua volta. Para se tornar socialmente responsável, muitos têm se concentrado no tratamento do lixo, o que não deixa de ser uma ação real pelo meio ambiente. No entanto, remamos contra um fluxo cada vez mais forte: a destruição do meio ambiente, a confecção de produtos, o acúmulo de sucata. Não são simplesmente as ações do cidadão de fechar a torneira e jogar o lixo na lixeira - como querem que pensemos - os remédios mais eficazes para a produção acelerada. Pensar assim seria atribuir apenas à caridade a missão de acabar com os problemas sociais. Eles devem ser resolvidos pela raiz, não por meio de atitudes de efeito curativo. Num mundo à beira de colapsos naturais, já está em tempo de pensar no sistema econômico que nos permite viver em sociedade, em suas mazelas e perigos.
Tratar o lixo, plantar uma árvore, usar papel reciclado, buscar combustíveis renováveis é sensato, mas pouco ainda perto do consumo que projeta a produção de mercadorias para uma escala infinita - cultura do logro e do desperdício.
Numa tarde de caminhada no Parque Ecológico de certa cidade, deparei-me com uma placa afixada pela Empresa X: “Você viu a árvore que tinha aqui? Um incendiário viu primeiro”. Num outro dia, andando pelas ruínas de um distrito, deu-me vontade de cravar na terra uma placa: “Você viu o ecossistema que tinha aqui? A Empresa X viu primeiro.”
A sociedade global, agrupamento humano onde se enquadram todos nós, precisa se libertar das ações para inglês, americano, igrejas e organizações ambientais verem (mesmo que isso envolva a luta contra os senhores de engenho de hoje). A salvação do nosso mundo - em suas dimensões materiais, biológicas e culturais - requer intervenções profundas na realidade.
* Eduardo Sabino é escritor e redator. Lança, em outubro, pela editora Novo Século, o livro de contos “Idéias Noturnas sobre a Grandeza dos Dias”. É editor e colaborador da revista eletrônica Caos e Letras .