De acordo com o Carnegie Institution for Science em Stanford, Califórnia, 23% das emissões globais de CO2 em 2004 - cerca de 6,2 gigatoneladas - ocorreram na produção de produtos comercializados internacionalmente. A maioria destes produtos foram exportados pela China e outros países relativamente pobres para os consumidores dos países ricos. Alguns países, como a Suíça, "terceirizam" mais de metade das suas emissões de CO2, porque importam mais do que exportam.
O europeu médio é responsável por adicionar mais de 4 toneladas de CO2 na atmosfera no fabricação de produtos importados de outros países. Para aos norte-americanos, o valor foi quase a metade - 2,5 toneladas -, graças às altas taxa de exportação dos Estados Unidos.
O estudo do Carnegie Institution for Science é um dos mais completos no momento, de um número crescente de estudos que consideram as emissões levando em conta o local onde as as mercadorias são consumidas. Inventários nacionais, tais como aquelas realizadas anualmente com a metodologia do IPCC consideram apenas as emissões produzidas no próprio território de cada país.
Emissões e estilo de vida
"Se queremos entender a nossa pegada de emissões, temos de compreender que os outros estão emitindo em nosso nome para fazer os bens e serviços que consumimos", diz o co-autor do estudo Ken Caldeira. "Os Estados Unidos e a Europa são responsáveis pela maior parte das emissões, porque os produtos produzidos na China, e portanto suas emissões, alimentam o nosso estilo de vida."
O estudo baseia-se em dados econômicos do Global Trade Analysis Project com base na Universidade de Purdue, em West Lafayette, Indiana, que leva em conta a intensidade das emissões de CO2 na produção em diversos países e diferentes setores da economia.
Outro estudo, que Glen Peters, do Centro Internacional da Noruega para Pesquisas Climáticas e Ambientais, em Oslo, a publicar em breve, usa dados do comércio internacional para analisar as emissões relacionadas ao consumo até 2008 e também como as distribuição das emissões globais de CO2 foi alterada desde 1990.
Com base nos achados de Peters, os Estados Unidos ainda lidera o ranking das emissões de CO2 porque, embora as exportações do país compensem algumas das emissões realizadas em seu território, no conjunto os EUA ainda é o maior emissor. "A China ultrapassou os Estados Unidos em 2006 em termos de emissões territorial, mas em termos de consumo, você verá que os Estados Unidos ainda é o maior emissor", diz ele.
Traduzido: Newscientist
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