26 de fevereiro de 2010

Responding to Climate Change - an integral approach

We love our climate - and yet we fear it, writes Mike Hulme
  in his recently published book "Why we disagree about climate change" (Cambridge University Press). He observes that 'we are not quite sure what to make out of the idea of climate: we can celebrate its power to evoke strong emotions in us, while also bemoaning its unpredictability or fearing its future behaviour. We expect climate to perform for us; to offer us the water around which we work and create and within which we relax and recreate. Yet we know too that climate is fickle, with a will and a mind of its own, offering us not only days of tranquility and repose, but also the storms and dangers that our ancestors encountered over countless centuries and that continue to afflict us today' (Hulme, 2009:2). 

Climate has both physical and cultural connotations. From a physical point of view, one cannot deny that the climate of the Amazon is wetter in an absolute sense than is the climate of the Sahara. From a cultural perspective, this may become irrelevant, as the climate of the Sahara means something quite different to a Bedouin than it does to a Brazilian. 'Ideas about climate are always situated in a time and in a place. Climates can change physically, but also ideologically' (Hulme, 2009:4).

What about climate discourses? In a very inspiring essay, O'Brien
  writes that climate change is usually represented as bad news, except among sceptics who argue that a warmer world may be more beneficial for human beings than a cold world. However, climate change may also be good news: Never before in human history has there been such strong evidence that we live in an interconnected world, where actions taken in one place have consequences in another. The notion of winners and losers, which has been a driving force for competition among individuals and between groups and states, becomes an illusion as the process of climate change accelerates. There is now a window of opportunity to recognize that human well-being and human security are really about the connections and relationships among different perspectives. In other words, climate change forces us to realize that the “I, we, and it(s)” are in this together (O'Brien).

There is no single “solution” to climate change, and no measure will be met with the instant gratification that people in modern, high-energy consumption societies often expect. For her it is clear that the emphasis on understanding climate change from an objective, systems perspective has downplayed the importance of subjective, interior dimensions of climate change, when in fact the integration of both aspects is needed (O'Brien, in press). The science and policy communities dealing with climate change often do not recognize or respect different stages of development, and instead insist that presenting rational arguments and complex graphics of climate model output should be enough to convince people to change their behaviour (ibid.). Recognizing that climate change will mean different things to different individuals, communities, groups, or cultures is essential to providing ownership of the problem, a prerequisite for responding to climate change, she argues.


Climate change scientists in particular can benefit from such an integral
  approach, as it provides an inclusive framework that can guide interdisciplinary research. Policymakers and practitioners who are dealing with the complex challenges of global warming, amidst many other processes of change, can also benefit from an integral approach, which draws attention to human development and relationships to culture, values, and worldviews. Focusing on change, rather than on climate, allows one to see obstacles to and opportunities for responding successfully to climate change (O'Brien, in press).

Sources

25 de fevereiro de 2010

Nas urnas, eleitores levarão em consideração o meio ambiente


A pesquisa, realizada pela Market Analysis em algumas capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Brasília e Goiânia) indica que dois a cada três brasileiros votarão na próxima eleição de acordo com o posicionamento dos políticos em relação às mudanças climáticas.

Os jovens são os mais preocupados com o assunto, a pesquisa mostrou que 73% dos entrevistados, que tem entre 18 e 24 anos, colocarão o assunto no topo de suas exigências eleitorais. Enquanto 52% dos entre 55 e 69 anos afirmam se preocupar com o clima durante a votação.

A pesquisa também indicou as regiões brasileiras mais conscientes: Recife (com 86% de eleitores) e Salvador (com 75%) são as cidades que mais possuem eleitores de plataformas preocupadas com o clima. Brasília, com apenas 50% dos votos, é a cidade menos sensibilizada.

Além disso, pode-se constatar que as classes mais preocupadas com o meio ambiente são a média e a baixa. A elite econômica do Brasil demonstrou menor receptividade com candidaturas que dão importância a questão ambiental.

Fonte: EcoD

24 de fevereiro de 2010

O ser consciente sabe tirar um bem das consequências de um mal

Mais um artigo publicado pelo meu irmão, que dedica sua vida a serviço de Deus.

Deus e a Tragédia no Haiti
Maurício Outeiro, LC

Publicado por Cesny em 16/2/2010 (135 leituras)

Já faz uns dias que todos nos ficamos atônitos com as noticias de milhares de mortos e desabrigados com resultado do terremoto ocorrido em Haiti.

Acompanhando recentemente essa tragédia que aconteceu na ilha no inicio do ano de 2010, muitas coisas podem passar pela nossa cabeça. Uma pergunta que pode surgir é a seguinte: Por que Deus pode permitir isso?

Claro que é verdade que muitas vidas se perderam nessa horrível tragédia, e que Haiti que já era um país pobre, agora está passando por momentos bem difíceis. Se Deus que é infinitamente bom, e nos ama com um amor infinito, por que permite o mal nesse mundo?

O Catecismo disse para todos os cristãos: “Assim, com o tempo, é possível descobrir que Deus, na sua onipotente Providência, pode tirar um bem das consequências de um mal (mesmo moral)” (Catecismo da Igreja Católica nº. 312).

Se prestarmos atenção em algumas noticias nos jornais e na Internet; é incrível ver quantas almas estão se mobilizando para ajudar essas pessoas necessitadas. Não somente organizações governamentais, a Igreja também está se mobilizando através de suas instituições de ajuda.

Uma notícia interessante é de um menino inglês de sete anos, Charlie Simpson, que depois de ver as imagens do terremoto no Haiti, resolveu arrecadar fundos para o UNICEF através de um site de Internet: JustGiving.com para ajudar os flagelados no Haiti. Sua ideia foi percorrer de bicicleta um parque em Londres e pedir que patrocinassem sua causa. Sua iniciativa virou um fenômeno internacional e as doações já chegam a mais de 200 mil euros.

É fácil ver somente uma cara da moeda e esquecer que Deus atua nos corações das pessoas mesmo em momentos de dificuldades ou sofrimento; que é através do sofrimento que nós, como cristãos, encontramos o amor de Deus, em Jesus Cristo que sofreu na cruz por nós.

Não podemos esquecer que nós estamos chamados, através das nossas possibilidades, a ajudar os que sofrem imitando a Jesus Cristo. Como disse o Papa Bento XVI: “o indivíduo não pode aceitar o sofrimento do outro, se ele pessoalmente não consegue encontrar no sofrimento um sentido, um caminho de purificação e de amadurecimento, um caminho de esperança”. (Spe Salvi nº 36).

Temos que ajudar as pessoas a descobrir o verdadeiro sentido do sofrimento humano que somente tem sentido na esperança e no amor a Jesus Cristo.

Fonte: Pastoralis

23 de fevereiro de 2010

Apague suas luzes pelo planeta

hour_planet_2010No dia 27 de março, das 20h30 às 21h30 (horário de Brasília), será realizado a Hora do Planeta 2010. A expectativa é que mais de 1 bilhão de pessoas  em todo o mundo passem uma hora com as luzes apagadas na maior mobilização mundial contra o aquecimento global.

Promovida pelo Instituto WWF, a iniciativa tem como principal objetivo dar exemplo aos líderes sociais e mostrar a preocupação mundial com o planeta.
 
O evento foi organizado pela primeira vez em 2007, em Sidney, mas no ano passado ultrapassou expectativas e contou com a participação quatro mil cidade de 88 países, inclusive o Brasil. Muitos monumentos e locais simbólicos passaram uma hora as escuras, como o Cristo Redentor, a Torre Eiffel, o Coliseu e a Times Square.

Você também pode participar - faça seu cadastro no site da Hora do Planeta para entrar na estatística de quantas pessoas apagarão as luzes.

Adaptado de: Hora do Planeta 2010: cerca de 1 bilhão de pessoas apagarão suas luzes - EcoD

21 de fevereiro de 2010

O Ser Consciente

Imaginação Heróica: como pessoas comuns se tornam heróis?

Em 2007, Wesley Autrey, um operário da construção civil de 50 anos de idade, esperava o metrô junto com suas duas filhas pequenas numa estação no Harlem, Nova Iorque. Não muito distante, Cameron Hollopeter, um estudante de 20 anos, começou a ter uma crise epiléptica e caiu da plataforma, atravessado sobre os trilhos, no momento em que uma composição se aproximava.

Enquanto uma centena de outros passantes assistia paralizada, Autrey entregou suas filhas a um estranho e se jogou atrás do rapaz. Numa fração de segundos, ele colocou-o no vão entre os trilhos e deitou-se sobre ele, esperando pelo pior. Um sobre o outro, Autrey e Hollopeter somavam 51 centímetros. O trem de 370 toneladas passou a 53 centímetros do solo, apenas dois centímetros acima da cabeça de Autrey.

No mesmo ano, num bairro de classe média baixa da cidade de Palmeira, Santa Catarina, uma pequena casa começou a pegar fogo por causa de um curto-circuito. Desesperada, Lucilene dos Santos, 36 anos, saiu à rua gritando por socorro para sua filha, a pequena Andrielli de apenas um ano e dez meses, que dormia em seu quarto.

Um vizinho que passava pela rua, Riquelme dos Santos, acalmou-a dizendo para não se preocupar pois ele salvaria a criança. Dito isso, entrou na casa em chamas e, momentos depois voltou com a menina nos braços, sã e salva. Sem dúvida um feito heróico por si só, mas ainda mais impressionante pelo fato de, na ocasião, Riquelme tinha apenas cinco anos de idade* e estava vestido como seu herói favorito: o Homem Aranha.

Este comportamento é estimulado pelo que Zimbardo batizou de Imaginação Heróica. A tese defendida pelo psicólogo americano é que algumas situações têm o poder de fazer três coisas: inspirar a maldade em uns; atos heróicos em outros; ou ainda, a indiferença.

Para Zimbardo nós precisamos instilar na população o sentimento de que podemos fazer a diferença em ocasiões especiais. Ele acredita que o heroísmo é o melhor antídoto para a maldade. Ao promover a imaginação heróica, especialmente nas crianças, queremos as pessoas pensando: "Eu sou o herói e estou esperando aparecer a situação onde agirei de forma heróica".

Os heróis de Zimbardo são pessoas comuns, como eu e você. São os Riquelmes e Auters que habitam em nós. São os anônimos heróis do dia-a-dia esperando, adormecidos, sua grande chance de fazer a diferença (e que não necessariamente representará algum risco de morte).

Se você gostou do assunto veja a apresentação de Phillip Zimbargo no TED.

Adaptado de: Experimentos em Psicologia - Phil Zimbardo e a imaginação heróica de Rodolfo Araújo

O Ser Inconsciente

O efeito Lúcifer: como pessoas comuns se tornam vilões?

A partir do seu interesse em entender como pessoas boas são induzidas ou seduzidas a tomar atitudes violentas, o psicólogo americano Phillip Zimbardo decidiu estudar a forma como a persuasão altera o comportamento das pessoas. Para ele, a linha que todos nós gostamos de traçar entre nós, pessoas boas, e eles, pessoas más, não era assim tão rígida e impermeável como gostamos de pensar. À estranha e onipresente força que eventualmente nos faz cruzar essa tênue fronteira, ele chamou de Efeito Lúcifer.

Zimbardo explica, assim, que a maldade é uma questão de poder. É o exercício de poder para intencionalmente inflingir a alguém o mal psicológico ou físico. Ele identifica os sete processos sociais capazes de tornar uma pessoa mais suscetível a cometer algum tipo de maldade:

1. Dar o primeiro pequeno passo sem pensar: normalmente algo quase insignificante, mas que abre as portas para abusos cada vez maiores e que, quando aumentado pouco a pouco, não se percebe o resultado final.

2. Desumanização do outro: é mais fácil fazer mal a alguém quando não se vê ou não se sabe quem é essa vítima.

3. Desumanização própria: quando se está anônimo numa multidão, sua maldade é diluída entre os demais.

4. Difusão da responsabilidade pessoal: quando um criminoso é linchado, a culpa é da multidão e não dos socos e pontapés individuais. Mais do que a covardia do grupo, representa a diluição da culpa.

5. Obediência cega à autoridade: a autoridade também funciona como pára-raios para atribuição de culpa de quem apenas executa ordens.

6. Adesão passiva às normas do grupo: odiar a torcida adversária faz parte do ritual de vestir o uniforme do seu time - mesmo que o seu irmão esteja do outro lado da arquibancada. Mesmo que você odeie uma pessoa que nunca viu apenas por causa das cores que ostenta.

7. Tolerância passiva à maldade através da inatividade ou indiferença: muitas vezes o indivíduo não é o responsável direto pela maldade, mas permite, inabalável, que ela seja praticada

Quando essa cadeia de eventos ocorre numa situação que não lhe é familiar, ou seja, onde seus habituais padrões de resposta não funcionam, você está pronto para perpetrar o mal - e nem se dará conta disso. Sua personalidade e princípios morais já estarão desligados.

O autor explica que a chave para tal comportamento está na situação em que a pessoa se encontra e na enorme influência que ela tem sobre os indivíduos. O sistema formado pelo conjunto de bases acadêmica, cultural, social e política do indivíduo cria as situações que haverão de corrompê-lo.

Adaptado de: Experimentos em Psicologia - Phil Zimbardo e o efeito Lúcifer de Rodolfo Araujo.

17 de fevereiro de 2010

Carbono e Capitalismo


Você provavelmente lembra dela do video The story of stuff (A estória das coisas), Annie Leonard está de volta. Agora ela investiga o mercado de carbono e as soluções "a la Capitalismo" para o problema do aquecimento global no video The Story of Cap and Trade. Esse vídeo tem causado bastante polêmica. Assista você e dê a sua opinião.


Veja o video: The Story of Cap and Trade.

Redes conscientes 2


As redes conscientes estão se multiplicando pela Internet. Além da Changents, que a Andy comentou, há também a WISER Earth.

Criada em 2007, a rede reune mais de 30 mil pessoas e 110 mil organizações dedicadas a causas sociais e ambientais em todo o mundo.

É uma excelente canal pra conhecer pessoas que estão fazendo a diferença a sua maneira.
Eu já criei o meu perfil. A gente se encontra lá.

Rede de seres conscientes

Ei, você aí... o carnaval acabou, o ano agora começou de verdade, não tem mais desculpa para adiar os planos de 2010. Para inspirar as ações conscientes deste ano, olha só que bacana esta rede mundial chamada 'change agents'. São pessoas comuns, como eu, você e o Roberto que estão fazendo a diferença por um mundo melhor.

O bacana do site é que, além dos próprios participantes da rede, tem uma rede maior de pessoas chamadas 'backers' que podem oferecer suporte de diversas maneiras para os projetos conduzidos pelos 'change agents'. Vale a pena conferir!

Que 2010 seja um ano de grandes e conscientes projetos!

Beijos!

11 de fevereiro de 2010

Goodguide - uma revolução para ampliar a consciência dos consumidores

A ação consciente de Dara O'Rourke, preocupado com os componentes da fórmula do protetor solar de sua filha, deu origem a esta ferramenta que promete ser a revolução necessária para informar o consumidor sobre os impactos socioambientais dos produtos.

É sobre isso que trata o post de Ricardo Voltolini, publisher da Ideia Socioambiental. Veja a seguir.

GoodGuide, uma revolução no consumo consciente
Ferramenta permite checagem de dados socioambientais referentes à composição de produtos
Por Ricardo Voltolini

Está a caminho uma revolução no consumo consciente. E ela atende pelo prosaico nome de GoodGuide ou Guia do Bem em tradução livre e não autorizada. Guarde bem este nome porque provavelmente ouvirá falar muito dele nos próximos anos, antes talvez de virar notícia no Jornal Nacional.
Trata-se de uma ferramenta útil para quem deseja, no momento de fazer compras, obter informações rápidas e confiáveis sobre os impactos socioambientais de um determinado produto ou marca.
Essa experiência de associação entre tecnologia e consumo responsável começou a tomar corpo recentemente nos Estados Unidos. Com um aplicativo instalado no iPhone, desses que lê códigos de barra, um consumidor norte-americano pode, enquanto passeia entre as gôndolas de um supermercado, enviar informações para um banco de dados que, em segundos, revela por exemplo, a existência de substâncias tóxicas em um produto, se houve ou não exploração de trabalhadores em sua produção ou mesmo o quanto a empresa fabricante está preocupada com a conservação do meio ambiente. Simples e prático, ajuda o consumidor mais engajado a fazer uma escolha consciente, sem grande esforço para desvendar rótulos que, quando existem, parecem elaborados para desinformar.
O GoodGuide reúne hoje dados de 75 mil produtos, que vão desde os de limpeza para casa até alimentos, cuidados pessoais e brinquedos. Com ele, é possível comparar itens similares e concorrentes, acessar um ranking com atribuição de notas e até mesmo criar uma lista de favoritos usando critérios cruzados de saúde, segurança e compromisso socioambiental.
A ferramenta nasceu em 2007 de um insigth doméstico de Dara O´Rourke, professor do Departamento de Ciência Política e Gestão Ambiental Universidade de Berkeley. Antes de sair de casa para passear com a filha de cinco anos, ao ler o rótulo do protetor solar, ele teve dúvidas quanto à composição química do produto. Pesquisando depois, descobriu a existência de uma substância tóxica potencialmente danosa á saúde humana. Ocorreu-lhe que muitos outros pais e mães também deviam ter as mesmas dúvidas em relação às matérias-primas de produtos utilizados por seus filhos. E que milhares de consumidores não têm a mais remota ideia do que contém produtos de consumo aparentemente inofensivos nem de como – e sob que condições -- as empresas o produzem.
Empreendedor, O´Rourke abriu uma organização sem fins lucrativos e buscou o apoio de cientistas, especialistas em comportamento do consumidor e profissionais de indústria. Também associou-se à Universidade da Califórnia, ao Massachusetts Institute of Technology, Google, Amazon, eBay e PayPal. O uso do GoodGuide cresce a cada dia na esteira da expansão do movimento Cultural Creatives, formado hoje por uma turma de 70 milhões de norte-americanos menos egocêntricos e mais preocupados com o outro, com a qualidade de vida e com a saúde do planeta.
Analisando sob o aspecto da evolução do consumo consciente, o GoodGuide pode fazer mais diferença do que qualquer regulação específica. Não que criar normas não seja necessário. Pelo contrário, elas funcionam como mecanismo de pressão para mudança de práticas. É que o engajamento de consumidores cidadãos, e a consequente pressão advinda disso, acabarão por mudar mais rapidamente as empresas do que eventuais sanções por descumprimento de regras que estão sendo e serão criadas para proteger consumidores.
Ao tornar acessíveis informações úteis sobre impactos que, mantidas na penumbra, antes desequilibravam a relação entre quem produz e quem compra, a ferramenta naturalmente empodera o consumidor nesses tempos de crescente interesse pelas questões socioambientais e de saúde.
O GoodGuide elimina, de partida, um obstáculo importante no processo de mudança de comportamento do consumidor. Na medida em que disponibiliza instantaneamente informações úteis, possibilitando a comparação, ele preenche um vácuo deixado pela ausência de indicadores claros e compreensíveis. Mais do que isso, rompe com a chamada “inércia cognitiva”, simplificando muito o processo de tomada de decisão. Sabe-se que a mente humana, diante de muitas alternativas de produtos, do dispêndio de energia mental para avaliar as informações de rótulos/embalagens e do tempo necessário para tal tarefa, procura sempre a opção mais rápida/satisfatória, nem sempre a ideal.
Ao conferir poder ao consumidor, o GoodGuide veio para ficar nessa era de transparência radical. Bom para consumidores e empresas. Com ele, os consumidores poderão fazer do ato de consumo um instrumento de efetiva cidadania; e mais do que isso, um exercício de altruísmo em nome de um mundo melhor e mais saudável. As empresas, por sua vez, terão de mudar processos e práticas na direção da sustentabilidade se não quiserem perder sintonia (e, por tabela pontos de market share) com seus cada vez mais bem informados e exigentes clientes. Bem-vindo seja o GoodGuide.

Aviso aos navegantes brasileiros: como muitos produtos são vendidos globalmente, uma passeada pelo site www.goodguide.com pode ser um bom primeiro exercício para avaliar quão sustentáveis são itens que você eventualmente compra aqui no Brasil.

---Ricardo Voltolini é publisher da revista Idéia Socioambiental e diretor da consultoria Idéia Sustentável: Estratégia e Inteligência em Sustentabilidade.http://www.topblog.com.br/sustentabilidade@ricvoltoliniricardo@ideiasustentavel.com.br

8 de fevereiro de 2010

Nada mais consciente do que se entregar completamente a um chamado

Quem pode ser mais consciente do que um jovem de 17 anos que um dia larga o conforto do lar e o aconchego da família para seguir o caminho do celibato, da fé e da oração?

Seja lá qual for a sua religião, não dá para negar o altruísmo desta escolha.

Meu irmão Maurício fez isso e hoje, com 21 anos, vive feliz com sua decisão.

Compartilho abaixo um artigo que ele escreveu recentemente.
Na sua tenra idade, já tem muito a nos ensinar.

Abraços,
Andy


A Pedra da Esperança
Publicado por Cesny em 01/2/2010 (80 leituras)

Maurício Outeiro, LC

Faz alguns dias quando visitei o cemitério, estava caminhado e rezando pelas almas dos fieis defuntos, e vi que várias lápidas e túmulos tinham objetos portadores de significado, como flores, fotos, estatuas de santos, entre outras coisas. Numa delas vi que em cima tinha uma pedrinha que estava escrito 'esperança'. Essa pedra me fez reflexionar e perguntar-me: O que nós católicos esperamos?Hoje em dia vivemos numa sociedade onde tudo é fácil e pré-fabricado, estamos acostumados a soluções instantâneas e em curto prazo, ninguém gosta de esperar.

Por isso que a virtude da esperança é uma das virtudes que está deixada de lado, até mesmo pelos católicos. É verdade que nós acreditamos na vida eterna e que Cristo ressuscitou dentre os mortos, e que pela fé esperamos chegar um dia ao céu. Mas se refletimos bem, vivemos mais preocupados com as coisas deste mundo que com as do porvir. Quantas vezes não vamos pelo mundo numa correria para poder viver bem economicamente e acabamos colocando nossas forças e esforços em nós mesmos e nas nossas qualidades.

Uma frase que reflete bem a situação do mundo em que nós estamos vivendo é a seguinte: “Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. Pensam ansiosamente no futuro e acabam por não viver nem o presente e nem o futuro. E vivem como se não fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido." (Dalai Lama)

Durante a vida temos muitas esperanças, esperanças que com tempo terminamos por alcançar, mas nelas não está a Verdadeira Esperança com diz o Papa Bento XVI na sua Encíclica Spe Salvi: “torna-se evidente que o homem necessita de uma esperança que vai mais além. Vê-se que só algo de infinito lhe pode bastar, algo que será sempre mais do que aquilo que ele alguma vez possa alcançar.” (Spe Salvi nº 30)

Deus é essa grande esperança, viver de cara a eternidade é o melhor remédio para poder encontrar aquilo que satisfaz os nossos corações.A solução para poder encontrar paz nas nossas vidas é colocar toda nossa confiança e esperança em Deus. Ele é o mais interessado pela nossa tranquilidade. Se nós colocamos tudo da nossa parte, mas ao mesmo tempo confiamos em Deus, sabemos que no final, é Ele que faz frutificar. (Mt 6, 25-32)